RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
Dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) apontam que 620 casos de estupro de vulnerável foram registrados em Mato Grosso, nos sete primeiros meses deste ano. Os números representam três ocorrências diárias de violência sexual.
Esta modalidade de crime sexual cresceu em relação ao ano passado, quando 590 casos foram registrados. As ocorrências de 2017 representam 6,2% a mais que em 2016.
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Conforme o Código Penal, é caracterizado estupro de vulnerável quando há relação sexual com menores de 14 anos, mas também com aqueles que, por diversos fatores, não conseguem decidir ou se defender do ato sexual.
Também é estupro de vulnerável quando a vítima “por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência”, descreve a lei.
Conforme apurou a reportagem, os agressores, na maioria dos casos, são íntimos das vítimas e da família das crianças.
Este ano, por exemplo, um professor da rede municipal foi preso em um ‘encontro’ com um aluno de apenas 12 anos. Na delegacia, ele confessou sentir atração por garotos.
O professor aliciava os garotos por meio de grupos de WhatsApp, nos quais mandava fotos e vídeos pornográficos. Mães de outras vítimas procuraram a polícia para denunciar o fato, relatando que o pedófilo praticava sexo oral nos garotos. O caso aconteceu em Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá).
Pai estuprador
Outro caso de repercussão ocorreu no final de maio em Cuiabá. N.C.S., de 34 anos foi acusado de estuprar a filha de 9 anos, no bairro Jardim União, em Cuiabá.
Segundo a Polícia Militar, o estuprador é portador do vírus HIV e tem passagens pela polícia, pelos crimes de roubo e assassinato. Ao chegarem ao local, os militares observaram que a cama onde a vítima dorme estava suja de sangue. A menina confirmou que o pai foi quem a estuprou.
Como denunciar
A orientação para quem tenha conhecimento sobre algum tipo de abuso é procurar pessoalmente qualquer unidade da Polícia Civil e registrar um boletim de ocorrência.
Caso o denunciante não se sinta à vontade e queira preservar sua identidade, as denúncias podem ser feitas de maneira anônima nos números 197 e 190 ou através da delegacia virtual.
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