MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO
Os descendentes do seu Maturino Souza e da dona Reginalda Souza, resolveram criar uma festa anual para reunir a família em um momento de reencontro, mas acredite, a ideia surgiu de uma maneira inusitada, em um velório.
Em 2014, Natália, uma dos doze filhos do casal, morreu e seus parentes se reuniram para uma última despedida. Foi aí que perceberam que só se encontravam em momentos trágicos, decidindo então resgatar uma ideia esquecida no tempo, realizar a confraternização da família Souza.
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“A nossa festa de família é um encontro muito lindo, alegre, cheio de muita paz e alegria, onde reencontramos os parentes mais afastados, que muitas vezes nem conhecemos”, explicou Oliveiro, dos filhos de Maturino e Reginalda.
Dos doze, onze tiveram filhos, netos e bisnetos, e a descendência de Maturino e Reginalda foi se espalhando. Sendo que apenas quatro da primeira geração ainda permanecem vivos.
A festa, que começou no ano de 2014, e mais uma edição acontece neste fim de semana, sendo dois dias de confraternizações, apenas para os familiares. Pasmem, a última contou com 315 pessoas.
Um dos filhos, Oliveiro Eustachio de Souza, de 73 anos, explica que a festa é o momento de relembrar a casa antiga, e contar histórias, já que é realizada na chácara de sua irmã conhecida como Vavá, no Distrito da Guia (30 km da Capital), local de origem da família.
“A nossa festa de família é um encontro muito lindo, alegre, cheio de muita paz e alegria, onde reencontramos os parentes mais afastados, que muitas vezes nem conhecemos”, explicou Oliveiro ao .
“Tornou-se um verdadeiro momento de confraternização, espero que outras famílias possam fazer o mesmo, pois, é muito gratificante”, continuou.
Reencontro
Os Souzas se reúnem para um almoço, com banda e muita alegria para promover o seu reencontro, no mês de dezembro.
“Tornou-se um verdadeiro momento de confraternização, espero que outras famílias possam fazer o mesmo, pois, é muito gratificante”, continuou Oliveiro.
O encontro é organizado durante o ano, por representantes da família. O neto, Luiz Augusto, filho de Oliveiro, foi o presidente da festa nos seus dos primeiros anos, contando com a ajuda de outros coordenadores. Em seguida, o neto Benacil, filho de Abrão, assumiu a presidência. Agora o bastão segue nas mãos do neto Jean, filho de Nilza, responsável pelo evento deste ano, que ampliou a festa de um dia para dois.
Origem
Maturino era de Poconé e Reginalda da Capital, após o casamento eles foram morar no distrito da Guia (30 km de Cuiabá), lá tiveram sua vida. O patriarca tinha uma mercearia no local, e era referência para os guienses.
A família é uma das fundadoras do distrito.
O neto Wilson, filho de José o mais velho, que é um dos pesquisadores da história da família conta que os cidadãos do distrito quando tinham alguma questão a resolver, sempre buscavam ajuda de Maturino. Ele foi juiz de paz da Guia e era uma importante figura política na época.
“Ele era presidente do Partido Democrata Social (PDS), o pai desse prefeito [de Cuiabá] era amigo dele”, relembrou
Wilson.
Além disso, Maturino junto como telegrafista Edelbrando, nos anos 30, fundaram a festa de Santa Cruz, que foi realizada por décadas na cidade. Celebração que formou muitos casais.
“Fundaram o cruzeiro, próximo à escola, em que era a feita a festa de Santa Cruz. Vovô pega a moçada na época para enfeitar o local, e ele que sustentava. Depois ele ficou velho, mas a festa ainda seguiu por alguns anos”, relatou.