INARA FONSECA 15h30
DA REDAÇÃO
Os empresários da área de transportes não estão sendo informados sobre os projetos de mobilidade urbana que serão realizados pelo Governo. "Até hoje foi feita muita política em cima da questão BRT e VLT, mas não foi apresentado nenhum estudo técnico sobre as duas opções para nós. Nenhum operador de transporte foi ouvido", ataca Rômulo Botelho, presidente da União Transporte.
O deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) tomou as dores da categoria e afirmou, em sessão extraordinária, que caso o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) seja aprovado pode haver uma redução de aproximadamente 73% da frota de ônibus. A categoria não foi avisada sobre os dados.
A posição da Associação Matogrossense de Transportadores Urbanos (MTU), por razões óbvias, é favorável ao BRT. Segundo a associação o sistema aumentaria o fluxo do trânsito e diminuiria a tarifa devido a economia no combustível.
Os empresários do setor alegam que uma grandes desconfianças que o VLT levanta é quanto ao preço das passagens. Segundo eles, o alto custo da manutenção do sistema cria dúvidas sobre quem irá bancar os gastos.
Em Portugal, onde o Governo subsidia 40% do valor dos bilhetes, o custo para população é de R$ 2,30, ou 1 Euro. O valor da passagem em Cuiabá atualmente é R$ 2,50 e a prefeitura subsidia o passe livre estudantil.
Nesta quarta-feira (04), o presidente da Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo do Pantanal (Agecopa) Eder Moraes, o deputado José Riva (PP) e a cúpula da Agecopa chegaram da Europa, onde estavam para conhecer o funcionamento do sistema VLT. A expectativa é que a escolha do transporte coletivo saia em no máximo 15 dias. Em Cuiabá e VG circulam cerca de 480 ônibus atualmente.