LAÍS FERREIRA
O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT), Juares Samaniego criticou a atuação do MPE e do MPF no caso do VLT. Segundo ele, as intervenções foram feitas de forma indiscriminada e podem comprometer as obras do novo modal.
“Os órgãos de fiscalização tentam barrar a construção e atrapalham o andamento da obra, atrapalha o cronograma”, acrescentou. Juares Samaniego, no entanto, diz ser favorável que se apure as denúncias.
Ele acrescenta que, mesmo diante dos problemas, a construção do modal deverá trazer uma série de benefícios. Entre os pontos positivos estão à melhoria no trânsito, além disso, tende a revolucionar a infraestrutura de drenagem de Cuiabá e a melhorar o sistema elétrico.
“O projeto precisa ser entregue a uma equipe de confiança, competente e coesa. O ritmo do trabalho precisa seguir sem quebra da continuidade. O sistema precisa ser testado exaustivamente e as equipes de operação e manutenção preparadas antes do início do serviço. A população de Cuiabá precisa ser envolvida, ser informada do passo a passo. Em suma ela precisa ser conquistada para o projeto”, enfatizou. Outro ponto é referente ao investimento. Segundo ele o valor de R$ 1,4 bi é suficiente para fazer uma obra de primeiro mundo.
A obra terá dois ramais, um interligando o Grande CPA até o Aeroporto Marechal Rondon em Várzea Grande e outro integrando a região do Coxipó com a Avenida Fernando Corrêa da Costa e a Prainha.
AÇÃO
Em ação conjunta, o Ministério Público Estadual e Federal pediram a concessão de liminar para impedir o início de qualquer obra do Veículo Leve sobre Trilhos. A ação civil pública foi proposta no dia 3 de agosto por promotores de Justiça e procuradores que integram o Grupo Especial de Fiscalização do Planejamento e Execução da Copa do Mundo de Futebol de Futebol 2014 (Geacopa). A ação foi acatada pelo juiz federal Marllon Sousa. Dias depois, o juiz Julier Sebastião da Silva derrubou a liminar e autorizou a continuidade do empreendimento, mas os embates continuam, já que surgiram, em nível nacional, novas denúncias envolvendo o modal.
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