ANA ADÉLIA JÁCOMO/ANDRÉA HADDAD
Na contramão do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), os vereadores João Emanuel (PSD) e Onofre Júnior (PSB), presidente e primeiro vice-presidente da Câmara, respectivamente, criticaram na manhã desta terça (26) a junção das secretarias de Turismo e Cultura. “Cuiabá tem uma história e que precisa ser respeitada. Tudo que pudermos fazer pela nossa cidade nós faremos”, frisa João Emanuel.
Da tribuna, ele anunciou nesta terça a doação de uma dissertação de mestrado de autoria de Luiz Alberto Gomes da Silva, que pode ajudar Cuiabá receber R$ 300 milhões disputados com cidades do país para investimentos no setor. O material foi entregue ao líder do Executivo, Leonardo Oliveira (PTB), e deve ser repassado pelo Legislativo. “Cuiabá tem uma história e que precisa ser respeitada. Tudo que pudermos fazer pela nossa cidade nós faremos”, afirma João Emanuel.
Também empolgado, Onofre embarca nesta quinta (28) para Brasília na tentativa de colher informações a fim de firmar convênios e angariar recursos para as áreas. “Queremos dados sobre os recursos disponíveis, mas também detalhes técnicos de como firmar os convênios. Isso porque, no encontro de prefeitos, realizado em janeiro, em Brasília, vi que há muita verba. Basta estarmos informados de como captar isso”, reforça.
Nesta quinta, o parlamentar participa de uma reunião na Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e no Ministério da Pesca. Na sexta (29), ele visita o Ministério da Cultura, ao mesmo tempo em que o setor cultural da Capital defende fortalecimento da secretaria municipal de Cultura, bandeira que ele também é a favor.
LÍDER É CONTRA
Líder do prefeito na Casa, Leonardo de Oliveira (PTB) frisou que o próprio Mauro não tem mais certeza se a medida é necessária. “O prefeito não tem este entendimento fechado, tanto que não fundiu até agora. Foi uma ideia para conter gastos, mas ele está ouvindo os lados, tem dúvidas, pode ser que faça ou não a fusão. Ele ouviu o trade turístico”.
O petebista admite que é contrário à fusão. “Como cuiabano, sou contra, mas não sentamos com Mauro para saber desta decisão. Ele quer ouvir a Câmara e a sociedade, quer a participação na fiscalização e realizar audiências públicas, mas não deu um prazo para emitir esta definição”.