'Se não tivesse Copa em Cuiabá, minha realidade talvez seria outra'

RepórterMT

Silval ressurgiu fazendo uma avaliação positiva de seu governo, apesar dos 76% de rejeição apontados pela pesquisa do Instituto Ibope.

MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO

Após um longo período longe dos holofotes, o governador Silval Barbosa (PMDB) concedeu  coletiva em seu gabinete no fim da tarde, desta quarta-feira (17), fazendo uma avaliação positiva de seu governo, apesar dos 76% de rejeição apontados pela pesquisa do Instituto Ibope, divulgada no dia 4 de setembro. Aos jornalistas, o governador afirmou que a história fará justiça ao seu nome.

“Eu vejo as críticas que o governador está desgastado. Desgastado por quê? Porque eu não consegui fazer dentro do prazo certo as obras [da Copa] em Cuiabá e de Várzea Grande? Eu faço o desafio; vocês que são jornalistas, são novos, a história vai dizer que nunca um governo fez tanto por Cuiabá e região metropolitana; agora o tempo é que vai dizer isso”, declarou.

Em sua avaliação, Silval conclui que não tem desgaste. Para ele, o que houve foi um governo atípico em uma época em que as pessoas pensam de forma diferente. O governador ainda disse que ousou ao fazer mais do que as obras da matriz de responsabilidade da Copa.

“Se não tivesse Copa do Mundo em Cuiabá, se tivesse uma gestão normal, a minha realidade, talvez, seria outra, talvez eu tivesse priorizado outras coisas, mas eu não tive opção (sic). Eu só avalio hoje que eu fui um pouco ousado, ou muito ousado, porque eu poderia me ater nas cinco obras que eram minha responsabilidade só, mas eu quis fazer uma capital diferente”, ressaltou. 

As declarações de Silval foram feitas na ocasião em que recebeu o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), que foi pedir a parceria do governo na construção do novo Pronto-Socorro da Capital.

Ao lado de Mauro, que já  fez várias críticas sobre os atrasos dos repasses do governo para a Saúde do município, Silval aproveitou para “alfinetar” dizendo que apesar de ser muito criticado, todos os governadores fecharam leitos no estado, enquanto ele abriu cerca de 300 leitos SUS. 

“Tenho avaliação por mim que avançamos na saúde pública. Hoje é muito fácil criticar, mas os recursos são finitos. Quem quer ver um doente em uma fila? Em uma maca? Ninguém quer ver, mas o dinheiro é limitado”, justificou.