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Cuiabá, 11 de Setembro de 2025
11 de Setembro de 2025

28 de Novembro de 2013, 21h:00 - A | A

POLÍTICA / CASA DOS HORRORES

MPE diz que organização criminosa se instalou na Câmara de Cuiabá

Promotores afirmam que estão investigando a instalação de uma organização crinoza dentro da Câmara Municipal

MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO



Os promotores do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) declararam em coletiva, na tarde desta quinta-feira (28), que as acusações que correm contra o vereador João Emanuel (PSD), afastado da presidência da Câmara Municipal de Cuiabá são de crimes de peculato, falsificação de documento público, uso indevido do dinheiro público, fraudes de licitação, corrupção e crime de organização criminosa.

“O que estamos investigando é uma possível organização criminosa que tenha se instalado na Câmara Municipal”, afirmou o chefe do Gaeco, Marco Aurélio Castro.
Em gravação ,que está em poder do Ministério Público, o então presidente da Câmara, citava que era preciso dividir a propina de desvios com os demais vereadores.

Todos os 25 vereadores de Cuiabá, foram intimados pelo Gaeco, a prestarem depoimentos. Os parlamentares serão ouvidos na próxima sexta-feira (29). “Há indícios de provas. Vamos ouvir os vereadores para saber se esses fatos conferem a eles ou não”, relatou o promotor Arnaldo da Silva Justino.

De acordo com os promotores, as provas apontam que com dinheiro de factorings, João Emanuel fraudava a licitação da Câmara, através de um esquema com a Gráfica Propel.

Assim como o verador, a gráfica também foi alvo de busca e apreensão realizada pela Operação Aprendiz, desencadeada pelo Gaeco, na manhã desta quinta-feira (28).

A investigação aponta que a Câmara firmou um contrato com a Gráfica Propel no valor de R$ 1.493.641,00 pagos a empresa. Comparando os gastos, o Ministério Público apurou que no mesmo período a Prefeitura de Cuiabá, com todas as suas despesas de secretarias e atribuições, gastou em materiais gráficos a quantia de R$671.755,03.

Nas notas fiscais emitidas pela PROPEL, dentre as aquisições da Câmara estão cinco mil crachás de identificação para eventos. Para os promotores, os valores e quantidades absurdas são características de desvio do dinheiro público.

Em coletiva na manhã desta quinta-feira (28), João Emanuel, negou as acusações e alegou ser alvo de perseguição política. “Para mim isso é uma ação política. É uma ação vexatória. Mas não tenho nenhuma dificuldade de passar por isso com tranquilidade”, rebateu.


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