DA REDAÇÃO
O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB) rebateu os comentários de bastidores que o acusariam de ser o pivô da desistência do senador Jayme Campos (DEM), em disputar a reeleição ao Senado, que alegou que não disputaria por não ter tido o apoio do grupo do candidato a governador Pedro Taques (PDT), ao qual seu partido está coligado.
Em entrevista ao programa Conexão Poder, neste domingo (27), na TV Rondon-SBT, o prefeito se irritou com as especulações e desafiou a provarem que seu partido não cumpriu com o apoio firmado.
“Lealdade é compromisso assumido. Eu bato na mesa e peço: diga um único compromisso que alguém do PSB fez durante essa campanha e que não foi honrado. Porque vocês falam do Mauro Mendes e eu estou desafiado vocês jornalistas a olharem os materiais de todos os partidos”, disparou.
Questionado sobre a pecha de traidor com que teria ficado, Mendes se irritou. "Você está sendo maldoso, eu não sou traidor", rebateu ao jornalista André Michells, que comanda o programa
As especulações a respeito do apoio de Mendes são resquícios da preferência anteriormente declarada pelo prefeito para que o deputado federal Wellington Fagundes (PR) fosse escolhido pelo grupo como candidato a senador, ao invés de Jayme, que foi escolhido por Taques. Mendes, porém afirma que o fato já pertence a ‘águas passadas’ pois vinha declarando o apoio a Jayme, o contrário de membros do partido do candidato a governador.
“Na convenção estava no palanque, fiz discurso e já pedi voto para o Jayme, mas não vi gente do PDT pedir voto para o senador. (...) No evento de lançamento do Fábio Garcia eu e o Fabinho pedimos voto para ele, portanto se houve problemas, grande parte deles não está no PSB. Agora é fácil empurrar para os outros”, declarou. Questionado sobre a pecha de traidor com que teria ficado, Mendes se irritou. "Você está sendo maldoso, eu não sou traidor", rebateu ao jornalista André Michells, que comanda o programa.
Mendes ainda criticou a postura de Jayme que não esclareceu qual foi o fato que o levou a desistir de sua candidatura.
Outra situação rebatida por Mendes foi o fato de Wellinton Fagundes, candidato a senador pela chapa do candidato a governo Lúdio Cabral (PT), der declarado à imprensa que teria o apoio de Mendes, assim como apoiaria o candidato a deputado federal, Fábio Garcia (PSB), apadrinhado pelo prefeito. Mendes negou a troca de apoios se disse contrariado com a declaração.
“Depois da convenção nunca mais falei com Wellinton. Ele fez um infeliz comentário. O repreendi através de interlocutores. Não gostei. Se existisse meio por cento de chance de ter meu apoio, com aquela declaração foi à zero. Jamais ele vai ter da minha pessoa, Mauro Mendes prefeito uma atitude desleal com aqueles companheiros políticos que estão comigo. Vai continuar tendo meu respeito como amigo, como companheiros que fomos em outras jornadas eleitorais, mas nesta estamos de lados opostos e eu vou trabalhar pelo lado que meu partido tem uma coligação”, argumentou.
Ainda sobre o suposto apoio de Wellinton a Fabio Garcia que pleiteia uma vaga na Câmara federal, Mendes alega que não há possibilidade, pois além de estarem em lados opostos o partido do republicano já tem um candidato para a vaga.
“Isso é uma falácia. É uma inverdade, uma imaginação porque o PR lançou o Jota Barreto como deputado federal, na mesma base na lacuna deixada por Wellinton em Rondonópolis. Então essa ilação é uma mentira, ou é uma imaginação”, ressaltou.
Durante a entrevista Mendes também falou sobre questões polêmicas da administração municipal, como o atendimento na saúde pública, sobre o qual ele destaca o atraso nos repasses da União e do Estado. Além do corte de R$ 52 milhões nos gastos da Prefeitura, que segundo o prefeito não irá prejudicar os investimentos a serem feitos.
No Conexão Poder, o prefeito também defendeu a implantação dos radares e lombadas eletrônicas que começam a tomar conta das ruas da Capital, nos próximos dias. Mendes também comentou a polêmica do uso de armas não letais pelos agentes de trânsito de Cuiabá e lamentou a briga que ocorreu entre um servidor da categoria e um cidadão motorista.
Analisando o andamento das obras da Copa, que ainda não estão concluídas, o prefeito que causou alvoroço nos bastidores da política ao afirmar em entrevista anterior, no mesmo programa, que o VLT não andaria nem um metro antes da Copa, opinou sobre a conclusão do modal. Para Mendes a obra só será concluída em 2014, se os trabalhos sejam fortemente intensificados. informado de que as obras estão praticamente paradas, Mendes sentenciou: "vocês já têm a resposta então".
