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Cuiabá, 23 de Novembro de 2025
23 de Novembro de 2025

23 de Novembro de 2025, 09h:03 - A | A

POLÍTICA / ORDEM DE MORAES

Júlio Campos alega que prisão de Bolsonaro é “cortina de fumaça” para abafar escândalo do Banco Master

Segundo o deputado, a decisão do ministro não era necessária e teve o objetivo de desviar o foco das denúncias contra o banqueiro Roberto Vorsatz

GUSTAVO CASTRO
FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTERMT



O deputado estadual Júlio Campos (União) afirmou, hoje (23), ao que a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem motivação política e serve como “cortina de fumaça” para abafar o escândalo envolvendo o Banco Master.

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Segundo ele, a decisão do ministro não era necessária e teve o objetivo de desviar o foco das denúncias contra o banqueiro Roberto Vorsatz e o grupo financeiro investigado por suposta fraude bilionária.

Foi apenas um gesto, que eu acredito, político e também para abafar o escândalo do Banco Máster, da qual familiares dele [Moraes] estão envolvidos […] com um prejuízo de mais de 12 bilhões”, disse nesse domingo (23), ao .

Campos também questionou o dia escolhido para a prisão.

Os aliados também questionaram a questão da data, precisava ser no dia 22, por isso. Isso mesmo, porque o escândalo do senhor Volcaro, que é o banqueiro caloteiro do país […] precisava ser abafado com urgência”, afirmou.

O deputado ainda criticou o entendimento de Moraes sobre o uso da tornozeleira eletrônica por Bolsonaro.

Aquela decisão judicial tem que cumprir e recorrer contra. Já que o ministro Alexandre Moraes entendeu que o presidente Bolsonaro tentou queimar a tornozeleira e, como diria, eventualmente descumprindo as normas legais, decretou, só que não precisava, já estava preso na sua residência, com guarda permanente da Polícia Federal.

Ele declarou que a medida foi “exagerada” e acrescentou que Bolsonaro deveria ter permanecido nos Estados Unidos.

Eu pergunto: o presidente Bolsonaro já tinha ido para os Estados Unidos? Para que ele voltou para o país sabendo que aqui nós estamos vivendo um regime quase que semiditatorial? Sabendo que ele seria preso, não tinha sentido", apontou.

Júlio Campos também mencionou os problemas de saúde do ex-presidente.

“Ele está doente, nós sabemos que os médicos que atendem sabem que ele tem uma doença praticamente incurável […] então não tinha sentido", concluiu o deputado.

Prisão

Bolsonaro foi preso nesse sábado (22) após decisão do ministro Alexandre de Moraes, que apontou descumprimento de medidas cautelares e risco de fuga. A ordem transformou a prisão domiciliar do ex-presidente em prisão preventiva, com transferência para unidade federal. Antes disso, Bolsonaro estava monitorado por tornozeleira eletrônica e tinha restrições de comunicação impostas pelo STF.

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