ALINE FRANCISCO
Os vereadores da base governista na Câmara dos Vereadores de Cuiabá protagonizaram na manhã desta quinta-feira (24) mais uma ‘queda de braço’ contra o presidente da Mesa Diretora João Emanuel (PSD). Para acalmar os ânimos, até mesmo o governador Silval Barbosa (PMDB) e o deputado estadual José Riva (PSD) foram escalados.
Capitaneados pelo líder do prefeito Mauro Mendes (PSB), Leonardo Oliveira (PTB), o grupo de 17 vereadores se reuniu antes da sessão plenária para pressionar o chefe do Legislativo cuiabano quanto ao pagamento de salários e do 13º.
João Emanuel reconheceu a intervenção dos padrinhos políticos e fez questão de minimizar a crise. “Toda ajuda, principalmente dos caciques políticos, é bem-vinda. Eles foram timoneiros para levar esse navio a mares calmos”, refletiu ele.
Segundo os vereadores, João não explicou como fará para gerir a Casa após a redução no repasse no duodécimo, que caiu de R$ 2,6 milhões para R$ 2,4 milhões. Os vereadores teriam ameaçado afastar, em definitivo, João Emanuel da cadeira de presidente. No entanto, Leonardo negou a possibilidade.
“Não houve um pedido de afastamento. É uma pressão para garantir uma gestão mais transparente”. Além da exposição o orçamento, os vereadores exigiram a exoneração do secretário-geral da Câmara, Aparecido Alves. E segundo João Emanuel. Cido já foi comunicado sobre a medida.
O petebista faz questão de isentar o prefeito Mauro Mendes. Ele afirmou que o chefe do Executivo não participou de qualquer reunião que pedisse o afastamento de João Emanuel. “O prefeito nunca participou de qualquer reunião para discutir o afastamento do presidente. A Câmara tem uma gestão independente, não devemos satisfação ao Executivo. Mauro não quer uma base de alienados. Ele quer aliados”, enfatizou Leonardo.
PANOS-QUENTES
Na tentativa de defender seu posto, João Emanuel garantiu que todas as solicitações com relação à transparência foram atendidos. “Encaminhamos os espelhos do Tribunal de Contas para todos os vereadores. Fizemos uma leitura de toda nossa gestão e encaminhamos aos parlamentares. Vamos atender tudo o que for pedido”.
Leonardo, por sua vez, disse que prevaleceu a vontade dos 25 parlamentares, e que João Emanuel deve aproveitar o momento para reunir todo o colegiado e demostrar os dados referentes a gestão da presidência. “Entramos em um consenso e decidimos pela permanência da Mesa. Agora, resta ao presidente, e todo seu colegiado, demostrarem os números da gestão. Realmente abrir as contas”.