DA REDAÇÃO
O Secretário da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas), Jean Estevan, criou uma Comissão para a realização de uma Tomada de Contas Especial em todos os convênios firmados entre empresas e a Setas.
A Comissão tem como presidente a gerente de orçamento, Lais Arruda Costa e os seguintes membros: Benedito Conrado da Costa, Iasnayla Cristina Oliveira Guimarães, Maria Andrea Latorraca e Eliney Nunes de Paula.
A comissão, que foi criada mediante a Portaria nº 036/2014, terá 90 dias para fazer o levantamento dos convênios. O detalhe que causa estranheza é que somente no governo de Pedro Taques (PDT) que esse trabalho será finalizado.
Já que a investigação acontece após a realização da Operação Arqueiro. Lembrando que essa Operação, realizada pelo Gaeco, foi no dia 29 de abril. Ou seja, somente 7 meses depois da devassa do Ministério Público do Estado é que a Setas resolve fazer o levantamento de pelo menos 144 contratos.
Divulgação

Roseli Barbosa teve as contas da Setas, pasta que comandou até o início de 2014, aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado. Roseli foi alvo da Operação Arqueiro do Ministério Público
OPERAÇÃO ARQUEIRO
Os alvos da Operação Arqueiro foram documentos contábeis, licitatórios, de liquidação e de prestação de contas referente a convênios firmados entre o Estado e Institutos de fachada para realização de cursos profissionalizantes.
Investigações realizadas pelo Gaeco em conjunto com o Núcleo de Ações de Competência Originária da Procuradoria Geral de Justiça (Naco) apontam a existência de provável conluio entre servidores lotados na Setas e Institutos sem fins lucrativos para fraudes em licitações e convênios.
Os trabalhos começaram após a divulgação de erros grotescos em apostilas que estavam sendo utilizadas nos cursos de capacitação em hotelaria e turismo promovido pelo Governo do Estado.
À época, pegou muito mal para Mato Grosso a confecção das cartilhas, já que as mesmas retrataram o Estado de forma jocosa. Ficaram conhecidas como apostilas da vergonha. As supostas fraudes teriam ocorrido durante a gestão da então secretária Roseli Barbosa, mulher de Silval Barbosa (PMDB).
Na semana passada, mesmo reconhecendo algumas irregularidades, como o pagamento de mais de R$ 6,2 milhões para duas empresas, a Carlina Produções e Bravo, sem contrato, o Tribunal de Contas do Estado aprovou as contas de Roseli de 2013.