RENAN MARCEL
O Comitê em Defesa do Transporte Público vai realizar uma manifestação com o objetivo de pressionar os vereadores a derrubarem os vetos do prefeito Mauro Mendes (PSB) às leis aprovadas pela Casa, referentes ao transporte coletivo da Capital. O ato de repúdio aos vetos deve começar às 8h, na Praça Alencastro, em frente à Prefeitura, e seguir até a Câmara Municipal, onde ocorre a sessão ordinária desta terça-feira (13).
Os organizadores da manifestação se mobilizam pela Internet e argumentam que a aprovação das leis garante um grande avanço na qualidade do transporte público de Cuiabá. Até o fechamento desta notícia, cerca de 340 pessoas haviam confirmado a presença no evento. Mas a greve das escolas públicas estaduais deve contribuir para uma participação bem menor dos estudantes.
“Com a greve da rede estadual, a gente espera que cerca de 200 pessoas participem. Estamos mobilizando os estudante do IFMT, que já têm um histórico de participação nos atos”, conta um dos organizadores, Fabrício Paz, diretor de Memória da União Nacional do Estudantes (UNE) e aluno da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Segundo Fabrício, mesmo que os vetos não sejam votados na sessão desta terça-feira, já que a Casa pretende discutir o tema em audiências públicas, a mobilização vai confrontar os vereadores, já que eles mesmos, por unanimidade, aprovaram os projetos. “Vamos usar a tribuna livre para questioná-los e pedir uma audiência com o presidente da Casa, João Emanuel”, afirma.
Mendes vetou quatro dos cinco projetos de lei aprovados, sob pressão dos mesmos manifestantes, pela Câmara no mês de junho. Os projetos tratam da volta dos cobradores, do pagamento da tarifa por moeda corrente, ampliação do tempo de integração, passe-livre irrestrito aos estudantes e a extensão deste benefício para estudantes de pós-graduação e de cursos profissionalizantes e pré-vestibulares.
Somente o aumento no tempo de integração ganhou o aval do prefeito, passando para duas horas e meia. Antes, o tempo era de uma hora e meia. A volta dos cobradores foi parcialmente vetada. O prefeito argumentou que os projetos não são constitucionais e que a sanção deles aumentaria as despesas da Prefeitura de forma não planejada, já que não estavam previstos no orçamento.