RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO
O governador Pedro Taques (PSDB) rebateu rapidamente as acusações do deputado estadual, Emanuel Pinheiro (PR), de que a contratação da empresa KPMG Consultoria - que realizará estudos sobre a viabilidade da implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em Cuiabá e Várzea Grande – teria sido direcionada já que o governo recebeu a proposta de 12 empresas, mas mesmo assim decidiu contratar por meio de dispensa de licitação.
“Acho que direcionamento [de licitação] acontecia na gestão passada, tanto que o ex-governador está preso. Cada um defende o que quiser”, respondeu rispidamente Pedro Taques.
O republicando também disse, na semana passada, que um mês antes do governo anunciar a contratação da empresa oficialmente, já circulava na mídia que a KPMG venceria o certame.
Ao ser questionado, o chefe do Executivo alfinetou o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) - que está preso há mais de um mês acusado de chefiar um grupo criminoso que concedia incentivos fiscais à empresas, em troca de propinas durante, sua gestão. “Acho que direcionamento [de licitação] acontecia na gestão passada, tanto que o ex-governador está preso. Cada um defende o que quiser”, respondeu rispidamente Pedro Taques.
Taques também manteve decisão e garantiu que a KPMG será mesmo contratada. “Está sendo tratado [o contrato] com a Secretaria de Cidades e Assuntos Estratégicos e deve ser assinado hoje [segunda, 26]”, concluiu o tucano.
A rede KPMG já está oficialmente contratada para realizar o estudo sobre as obras do VLT pelo o valor de R$ 3,8 milhões. O decreto foi publicado nno dia 1 de outubro no Diário Oficial. A empresa tem quatro meses de prazo judicial para indicar ao governo do Estado se é viável levar adiante o projeto bilionário, pensado para a Copa do Mundo.
A KPMG é uma rede que se coloca como uma das mais qualificadas do mundo no ramo da auditoria independente, contando com 162 mil profissionais, que atuam em 155 países. No Brasil, a empresa tem escritórios em 13 estados, sendo um deles Mato Grosso, no Distrito Federal e em 22 cidades.
No caso do VLT, um dos desafios é conseguir um acordo entre o governo do Estado, que já pagou R$ 1 bilhão ao consórcio responsável pelo empreendimento, e as empresas, que querem quase outro R$ 1 bilhão, para colocar o trem em circulação até 2018.
No caso do VLT, um dos desafios é conseguir um acordo entre o governo do Estado, que, através da gestão anterior, de Silval Barbosa (PMDB), já pagou R$ 1 bilhão ao consórcio de cinco empresas responsáveis pelo empreendimento, e as empresas, que querem quase outro R$ 1 bilhão, para colocar o trem em circulação até 2018.
Outro desafio é apontar de que forma o modal pode atender à população, sem que o custo da tarifa o torne fora da realidade do transporte coletivo local.
Enquanto isso, o processo que trata do assunto na Justiça Federal está suspenso até o final de dezembro.
A pedido da Procuradoria Geral do Estado (PGE), o juiz da 1ª Vara Federal de Mato Grosso, Ciro Arapiraca, suspendeu por quatro meses o contrato do VLT, até que o estudo fique pronto.