HIPERNOTÍCIAS
A ex-coordenadora da Conta Única, Magda Curvo, foi solta há pouco após a defesa dela conseguir a revogação da prisão. Após 20 dias foragida, ela se apresentou na quarta-feira (23) e após a oitiva foi encaminhada para Polinter. Ela passou duas noites na cadeia.
O juiz da Vara Especializada de Combate ao Crime Organizado, José Arimatéia Neves, concedeu a revogação com base na extensão dos benefícios dos demais envolvidos que foram ouvidos e liberados. Alguns sequer ficaram presos.
O depoimento de Magda Curvo durou cerca de seis horas e alegou desconhecer a fraude no setor comandado por ela e jogou a responsabilidade para Edson Rodrigo Ferreira Gomes, funcionário terceirizado subordinado dela. A ex-coordenadora também disse que recebia as autorizações de pagamento assinadas pelo secretário de Estado de Fazenda, Edmilson dos Santos, e da adjunta Avaneth Almeida Neves.
Magda ainda acusou o secretário de Fazenda de exigir o pagamento de R$ 1,7 milhão referente à carta de crédito para uma servidora aposentada da Sefaz. Ele estaria sob pressão do deputado Gilmar Fabris (PSD). Ela citou ainda o nome do secretário da Casa Civil, José Lacerda (PMDB), por ser amigo da família de Edson.
Por outro lado, Edson Rodrigo e Glaucyo Fabian Nascimento Ota, também subordinado de Magda, jogaram toda a responsabilidade do esquema para a ex-coordenadora. Edson disse ainda que ela ficava com 80% do dinheiro do esquema.
No entanto, Magda acusou Glaucyo de ter sumido com alguns documentos e disse que o pai de Edson, Vicente Ferreira Gomes, propôs pagar um advogado para que ela não citasse o nome de seus familiares envolvidos no esquema. Ela não aceitou a proposta, e de acordo com a servidora, os advogados dela estão sendo pagos pelo filho.