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Cuiabá, 12 de Julho de 2025
12 de Julho de 2025

05 de Outubro de 2011, 16h:29 - A | A

POLÍCIA / CASO AFRICANO

UFMT culpa Polícia Federal por não deportar estudante

A Polícia Federal alega que após notificação, nunca mais localizou o rapaz

MAYARA MICHELS



O assessor de relações internacionais da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Paulo Teixeira de Souza, afirmou que Toni não era mais estudante e que só estava no Brasil por causa da Polícia Federal, que não cumpriu o seu dever. “Ele não pode ser chamado de estudante da UFMT, ele foi expulso da universidade por baixo rendimento e a PF foi comunicada, portanto, era para ter sido deportado”, afirmou Paulo.

De acordo com o assessor de relações internacionais da UFMT, assim que o rapaz foi desvinculado da instituição, ele recebeu orientação para que voltasse ao seu país de origem, Guiné Bissau. “A partir desse momento não tinha mais nenhuma ligação com a UFMT. Se na ocasião a polícia tivesse tomado às providências cabíveis, já que ele foi detido mais duas vezes após ser expulso”, disse Paulo.

Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Federal, eles estavam cientes e foram comunicados pela UFMT da situação irregular de Toni. No mês de julho, em uma das prisões do estudante, diz a PF, o ex-estudante foi notificado a deixar o Brasil em um prazo de oito dias. Depois da notificação, o universitário nunca mais foi localizado.

O estudante africano tinha autorização para morar no país por integrar um programa de intercâmbio estudantil da UFMT do qual participava desde 2006. Ele cursava economia, mas ao perder o vínculo com a instituição devido à reprovação, Toni acabou se tornando um cidadão irregular no país. Em março, um mês depois de ser expulso da UFMT, o estudante tentou estudar na instituição pela via judicial.

A MORTE

Segundo relatos contidos no inquérito policial, o empresário Sérgio Marcelo Silva da Costa agrediu Toni após ele anunciar assalto e tentar enforcar a mulher dele para roubar a bolsa. O rapaz pulou no pescoço da mulher e os dois caíram no chão. Sérgio ao ver sua mulher sendo agredida, chutou várias vezes contra o rapaz. Outras pessoas que estavam no restaurante também teriam agredido o ex-estudante da UFMT.

Os dois policiais, que estavam de folga, ao ver a situação tentaram imobilizar o estudante. Mesmo com dois homens o segurando, Toni resistia à prisão e continuava se debatendo.

Com a chegada da polícia, os três foram autuados em flagrantes e encaminhados para a DHPP. O empresário está preso na Polinter, anexo ao Pascoal Ramos. Já os policiais estão presos em um quarto localizado dentro do 3º Batalhão da Polícia Militar, na região do CPA. Os três estão à disposição da Justiça.

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