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Cuiabá, 01 de Agosto de 2025
01 de Agosto de 2025

31 de Julho de 2025, 07h:00 - A | A

POLÍCIA / FORAM AFASTADOS

Servidores envolvidos em esquema que desviou R$ 21 milhões do TJ têm salários que chegam a R$ 76 mil

Mauro Ferreira Filho, Cláudia Regina Dias de Amorim Del Barco e Eva da Guia Magalhães Silva criavam planilhas falsas que causaram rombo no cofre do Judiciário mato-grossense

VANESSA MORENO
DO REPORTÉR MT



Os servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) Mauro Ferreira Filho, Cláudia Regina Dias de Amorim Del Barco e Eva da Guia Magalhães Silva, envolvidos no esquema que desviou mais de R$21 milhões da Conta Única do Judiciário, recebiam remunerações de alto valor que variam entre R$36 mil e R$76 mil. Eles foram alvos da Operação Sepulcro Caiado da Polícia Civil de Mato Grosso, deflagrada na manhã dessa quarta-feira (30), e acabaram sendo afastados pelo TJ por 60 dias. 

Além da investigação policial, os três responderão a uma sindicância investigatória interna.

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Conforme o Portal da Transparência do TJ, Eva da Guia recebia um supersalário que ultrapassava o teto constitucional de R$46 mil. A servidora atuava como analista judiciário do departamento Fundo de Apoio ao Judiciário do Estado de Mato Grosso (Funajuris) e recebia mensalmente o total bruto de R$ 76.992,76.

Já o salário bruto da servidora Cláudia era de R$40.250,44. Ela atuava como chefe de divisão do Funajuris e, além do afastamento, o TJ determinou a exoneração dela. 

Eva da Guia e Cláudia Regina foram alvos de mandos de busca e apreensão na manhã dessa quarta. 

Mauro Ferreira Filho, atuava como técnico judiciário e estava lotado na Divisão de Execução Financeira. Ele recebia o total bruto de R$36.810,10 por mês.

Além de também ser alvo de mandado de busca e apreensão, ele foi alvo de um mandado de prisão, mas ainda não foi encontrado pela polícia e é considerado foragido da Justiça.

O esquema

Mauro, Cláudia e Eva fazem parte de um esquema liderado pelo empresário João Gustavo Ricci Volpato. Ele contava com a participação de familiares Luiza Rios Ricci Volpato (mãe), Augusto Frederico Ricci Volpato (irmão), Flávia de Oliveira Santos Volpato (esposa) e Julia Maria Assis Asckar Volpato (cunhada), além de advogados e dos servidores do TJ.

Conforme já informado pelo Repórter MT, João Gustavo é genro do desembargador Rubens de Oliveira, que é pai da investigada Flávia de Oliveira.

Empresas vinculadas a João Gustavo também eram usadas nas fraudes.

O esquema consistia em ajuizar ações de execução, sem o conhecimento das partes rés, com assinaturas e documentos falsos, utilizando procurações falsas para representar vítimas que não haviam contratado os advogados envolvidos nos crimes. Eles também simulavam a quitação da dívida via depósito judicial, juntando comprovantes de pagamentos falsificados aos autos dos processos.

Os servidores do TJ criavam planilhas falsas simulando os depósitos na Conta Única da Corte estadual, permitindo assim a obtenção fraudulenta de alvarás judiciais, para migrar o respectivo valor da conta do Judiciário para a conta vinculada ao processo.

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Outros alvos

Foram alvos de mandados de prisão preventiva: Wagner Vasconcelos de Moraes, Melissa França Praeiro Vasconcelos de Moraes, João Gustavo Ricci Volpato, Luiza Rios Ricci Volpato, Augusto Frederico Ricci Volpato, Rodrigo Moreira Marinho, Themis Lessa da Silva, João Miguel da Costa Neto, Régis Poderoso de Souza, Denise Alonso e Mauro Ferreira Filho (foragido).

Já os alvos de mandados de busca e apreensão são Wagner Vasconcelos de Moraes, Melissa França Praeiro Vasconcelos de Moraes, Escritório de advogacia França e Moraes, João Gustavo Ricci Volpato, Flávia de Oliveira Santos Volpato, Luiza Rios Ricci Volpato, Augusto Frederico Ricci Volpato. Julia Maria Assis Asckar Volpato, RV Empresa de Cobranças LTDA, Labor Fomento Mercantil LTDA, Rodrigo Moreira Marinho, Themis Lessa da Silva, João Miguel da Costa Neto, Guilherme Porto Corral, Mauro Ferreira Filho, Keyyly Gonçalves Martinez, Eva da Guia Magalhães, Cláudia Regina Dias de Amorim Del Barco Correa e Denise Alonso.

Além disso, mais de 160 ordens judiciais foram deferidas pelo juiz Moacir Rogério Tortato e estão sendo cumpridas em Cuiabá, Várzea Grande e na cidade de Marília (SP), sendo 16 ordens de bloqueio judicial totalizando mais de R$ 21,7 milhões, além de 46 quebras de sigilo fiscal e bancário e sequestro de 18 veículos e 48 imóveis.

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alexandre 31/07/2025

Enquanto isso, os servidores do executivo com salario de fome e ainda trabalham 8 horas

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