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Cuiabá, 27 de Maio de 2025
27 de Maio de 2025

15 de Janeiro de 2017, 11h:50 - A | A

POLÍCIA / RISCO DE REBELIÃO

Segurança de presídio de Rondonópolis é reforçada após ameaça de explosão de muro

O presídio da Mata Grande é considerado como de segurança máxima. O risco foi detectado em serviços de inteligência.

CELLY SILVA
DA REDAÇÂO



O presídio da Mata Grande, em Rondonópolis (212 Km ao Sul de Cuiabá) está com segurança reforçada neste final de semana por conta da ameaça de explosão do muro da unidade, que, mesmo antiga e com estrutura precária, comporta 1.294 detentos.

 

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“Hoje o pessoal da Sejudh está na Mata Grande. O pessoal está meio apreensivo com a Mata Grande. Aqui na Capital, por enquanto, está sob controle”, disse o presidente do Sindspen.

Segundo João Batista dos Santos, presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT), o risco foi detectado pelo setor de inteligência da Polícia Civil e do próprio sistema prisional.

“Hoje o pessoal da Sejudh está na Mata Grande. O pessoal está meio apreensivo com a Mata Grande. Aqui na Capital, por enquanto, está sob controle”, disse ao .

Durante a semana, membros do Ministério Públicos Estadual, do Poder Judiciário e do Executivo fizeram vistorias à unidade prisional para traçar estratégias de reforço na segurança para impedir que a “onda” de rebeliões chegue à Mato Grosso, já que duas das maiores facções criminosos do país – Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV), estão presentes no estado.

"Já houve várias fugas lá [ Mata Grande] exatamente por causa da estrutura, o efetivo também não é o ideal”, afirma.

Há cerca de duas semanas, investigações que levaram à prisão de um homem e uma mulher e a apreensão de uma caminhonete carregada de dinamite impediram que o muro da cadeia de Sinop fosse explodido pelos criminosos, segundo o agente.

“Dentre essas unidades, que estavam ameaçadas de explosão do muro, a Mata Grande era uma delas. E lá, infelizmente, a unidade é antiga, já não tem uma estrutura muito boa. Já houve várias fugas lá exatamente por causa da estrutura, o efetivo também não é o ideal”, afirma João Batista.

Outro ponto de atenção é o presídio de Cáceres, onde presos de facções rivais já foram separados em 'raios' diferentes para prevenir motins e confrontos, a exemplo do que já ocorreu no Amazonas, em Roraima, no Rio Grande do Norte e no Paraná, desde o início do ano.

A atenção dos agentes penitenciários tem se voltado até mesmo para as detentas. Uma presidiária identificada apenas como “Nalvinha”, membro do Comando Vermelho, foi transferida da cadeia de Nova Xavantina para o Presídio Feminino Ana Maria do Couto, em Cuiabá.

“Nossa população feminina nos presídios é muito pequena, mas têm mulheres que são de facções criminosas”, diz o agente prisional.

Segundo o presidente do Sindspen, os servidores do sistema penitenciário estão conseguindo impedir rebeliões por conta de ações preventivas e também porque, diferente de outros estados, aqui eles agem com grupos de contenção dentro das unidades, o que garante resposta rápida em caso de motins e rebeliões.

“O pessoal se sente um pouco confiante ainda em virtude desses grupos de contenção dentro das unidades, tanto a parte interna quanto externa é nossa e nós vamos fazendo treinamentos para poder garantir a segurança”, avalia Joao Batista.

No entanto, falta maior efetivo, o que deve melhorar após a realização do concurso público para agente prisional, cujo edital já foi aberto.

“O grande problema é o baixo efetivo. Nós temos treinamento, temos conhecimento, só que não temos efetivo. Então, a nossa preocupação é só essa”, diz. 

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