MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO
Investigação do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul (MPE-MS) aponta envolvimento de 14 empresas no esquema que teria desviado R$ 44 milhões dos cofres públicos, por meio da sonegação fiscal envolvendo o comércio de soja, conforme apura a Operação Grãos de Ouro, que cumpriu dois mandados de prisão em Cuiabá e sete de busca e apreensão na Capital e em Alto Araguaia. As informações foram divulgadas na tarde desta quarta-feira (08), em coletiva na sede do MPE, no estado vizinho.
De acordo com a promotora do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) de Mato Grosso do Sul, Cristiane Mourão, as empresas emitiam notas frias para a saída de grãos de soja que eram comercializados em fazendas daquele estado.
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Os mandados foram cumpridos em sete estados. A ação corre em segredo de Justiça.
RepórterMT/Internauta

Mandados de prisão foram cumpridos no condomínio de luxo, Alphaville, em Cuiabá.
Em Mato Grosso, o apurou junto ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que uma das empresas alvo da operação é a Efraim Agronegócio, com sede em Cuiabá. Os proprietários da empresa, Victor Augusto Saldanha Britche e a mulher dele, Flávia de Martin Teles Birtche, foram presos na manhã desta quarta-feira (08), no condomínio de luxo, Alphaville, na Capital.
A promotora detalhou que a maioria das empresas era de fachada, sendo criadas exclusivamente com o objetivo de emitir as notas frias e dar legalidade à comercialização.
A operação
Ao todo, a operação cumpriu 32 mandados de prisão e 104 de busca e apreensão, nos estados de Mato Grosso Sul, Mato Grosso, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Paraná e Minas Gerais.
O saldo da operação resultou em R$ 500 mil em dinheiro apreendido, além de celulares e diversos documentos.
O esquema
O MPE destacou que a organização criminosa atuava em cinco núcleos, que envolviam corretores de venda de grãos, empresários e servidores públicos. Os corretores, por exemplo, atuavam para captar os comerciantes de fora do estado (MS) para a venda do produto. As pessoas que compravam a soja não tinham conhecimento do esquema
O produto era vendido principalmente em São Paulo. No entanto, as notas eram emitidas como se os grãos ficassem dentro de Mato Grosso Sul, o que livrava os comerciantes do pagamento de tributos, principalmente da cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
O esquema teria iniciado em 2016, sendo denunciado ao MPE pela Secretaria de Fazenda de Mato Grosso Sul.
Durante a coletiva, a promotora Cristiane Mourão destacou que o valor de R$ 44 milhões pode aumentar muito mais com o aprofundamento das investigações.
Empresários de Cuiabá
Os empresários Victor Augusto Saldanha Britche e Flávia de Martin Teles Birtche, donos da Efraim Agronegócios, foram presos pela manhã e passaram por audiência de custódia no Fórum de Cuiabá, no início da tarde desta quarta.
Depois eles seguiram para o Centro de Custódia de Cuiabá, anexo ao presídio Carumbé, onde permanecem presos.
Ambos devem prestar depoimento ao Gaeco na quinta-feira (09).
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roger 09/08/2018
o que seria da mercedes, jaguar, bmw, audi, jeep, sem essa casta??? menos 14 carrão nas ruas.. tisti
MARIA TAQUARA 08/08/2018
estão aí o milionários do agronegócio! Será que todas as empresas nesse país são fachada para desviar dinheiro? SOCORROOOOOO
2 comentários