Preso em operação em SP tem fazenda de R$ 17 milhões em Chapada dos Guimarães

Reprodução

Celso Eder Gonzaga Araújo é acusado de praticar lavagem de dinheiro em esquema de fraude no ICMS em SP

VANESSA MORENO
DO REPÓRTERMT

O empresário Celso Eder Gonzaga Araújo, um dos presos na Operação Ícaro, que apura fraudes em créditos do ICMS em São Paulo, é dono de uma fazenda localizada em Chapada dos Guimarães (a 67 km de Cuiabá), avaliada em R$17 milhões. Ele atuou no esquema praticando lavagem de dinheiro em parceira com outro investigado preso, o auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, que recebeu R$1 bilhão em propina para operar as fraudes dentro da Secretaria Estadual de Fazenda de SP.

Além de Celso e Artur, foram presos na Operação Ícaro o dono da Ultrafarma, Sidney Oliveira, e o diretor da Fast Shop, Mário Otávio Gomes.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

LEIA MAIS: Dono da Ultrafarma é preso em operação do Ministério Público

LEIA MAIS: Justiça de SP manda dono da Ultrafarma e diretor da Fast Shop usarem tornozeleira

Celso Araújo foi preso no dia 12 de agosto, em Alphaville, na Grande São Paulo. Conforme apuração do site Metrópoles, o investigado possui um verdadeiro tesouro em joias e pedras preciosas.

Na casa dele, investigadores encontraram pacotes de esmeraldas, relógios avaliados em R$8 milhões, além de R$1,2 milhão, 10.700 dólares e 1.590 euros em espécie, além de R$200 mil em criptomoedas.

De acordo com a declaração de bens anexadas à investigação, Celso possui ainda uma fortuna de R$180 milhões. Nesse montante, constam sacos com 188 quilos de coridons de rubi rolado bruto, que equivalem a R$47 milhões. 

Ele tem ainda pedras preciosas como quartzo, esmeraldas e rubis com valor estimado em R$2 milhões.

A lista de bens possui também um relógio Mont Blanc, edição limita, em ouro maciço com ponteiras de diamante, avaliado em R$700 mil; e um conjunto de gargantilha e anel de brilhante, avaliados em R$650 mil.

Na lista de imóveis, o investigado possui, além da fazenda em Chapada dos Guimarães, um prédio em Alphaville, um dos bairros mais luxuosos da região metropolitana de São Paulo.

Ainda de acordo com o Metrópoles, Celso foi o elo inicial que permitiu ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) identificar a fraude fiscal.

O investigado já foi alvo de outra operação deflagrada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) para investigar um esquema de estelionato.