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29 de Abril de 2017, 07h:40 - A | A

POLÍCIA / GRANDE CUIABÁ

Polícia investiga 10 menores por envolvimento em jogo do suicídio

O delegado Eduardo Botelho disse que os adolescentes foram convidados para o jogo por meio do Facebook.

LUIS VINICIUS
DA REDAÇÃO



O delegado Eduardo Botelho, titular da Gerência de Combate aos Crimes de Alta Tecnologia (Gecat), afirmou ao que apura cerca de 10 casos de adolescentes, que estariam participando do jogo conhecido como 'Desafio da Baleia Azul', em Cuiabá e Várzea Grande.

“Só aqui na região metropolitana, eu posso dizer que investigamos ao menos 10 adolescentes que estejam participando do jogo. Algumas dessas supostas vítimas já foram ouvidas na semana passada, quando o assunto veio à tona aqui em Mato Grosso. Algumas delas já apresentaram mutilações no braço, fato que indica um estado inicial do desafio. Todas elas descreveram que foram convidadas para participarem do jogo e se mutilarem, como sendo uma das fases do jogo”, explicou Botelho ao .

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"Algumas delas já apresentaram mutilações no braço, fato que indica um estado inicial do desafio. Todas elas descreveram que foram convidadas para participarem do jogo e se mutilarem, como sendo uma das fases do jogo”, explicou  o delegado Eduardo Botelho.

Para Botelho, os perfis das vítimas sempre são os mesmos. Adolescente que já tiveram algum trauma na infância ou que possuem algum problema psicológico. Ele alerta que os convites são feitos por administradores de grupos das redes sociais Facebook e WhatsApp.

“Por mais que tenha algumas pessoas fazendo brincadeira com o desafio, eu posso afirmar que ele existe. As vítimas são escolhidas a partir de critérios bem específicos. Como alguns adolescentes que possuem o psicológico mais abalado, que já passaram algum trauma na infância, ou algum trauma familiar, que já levaram essas pessoas a terem pensamentos suicidas. Eles descobrem os problemas dos jovens após chamá-los para um bate-papo, ganham a confiança da vítima e adicionam no jogo", disse.

"As vítimas são escolhidas a partir de critérios bem específicos. Como alguns adolescentes que possuem o psicológico mais abalado, que já passaram algum trauma na infância, ou algum trauma familiar, que já levaram essas pessoas a terem pensamentos suicidas".

O delegado apontou que as vítimas são convidadas por meio das redes sociais. O Facebook é o principal meio de convite para os adolescentes participarem do jogo mortal. Desta forma, Botelho solicitou na Justiça os dados cadastrais dos possíveis responsáveis do jogo chamados curadores.  

“Esses convites 90% partiam do Facebook. Eram criados perfis falsos e através deles eram feitos os convites para que as vítimas participassem do desafio. Os outros convites também vêm de grupos de WhatsApp. Em um dos depoimentos que eu fiz com uma das supostas vítimas na semana passada, uma delas me mostrou em qual grupo ela foi convidada. Desta forma, eu oficiei os responsáveis do Facebook para que eles me passem os dados cadastrais da pessoa que criou esse grupo e a partir daí, será montada uma espécie de “teia” para que se chegue até a pessoa responsável pelo grupo. A partir daí saberemos se esses administradores têm instigado os adolescentes a cometerem suicídio”, disse.

Botelho afirma que os chamados curadores criam perfis falsos com o nome de outras pessoas para poder dificultar a investigação da polícia.

“Ainda não temos o nome desses organizadores. Todos os perfis que eles começam a conversar com os adolescentes são falsos, e isso dificulta a investigação. Através desses perfis as pessoas são convidadas a participarem do jogo. A partir do momento em que ela começa a jogar o desafio ela não pode sair, sob ameaças de morte de seus familiares. Só que essas ameaças são infundadas, não são ameaças reais”, declarou.

O delegado afirma que os curadores são de várias regiões do país e que ainda não é possível identificá-los.

“Eles são de vários Estados. O fator que complica as investigações é a grande quantidade de pessoas envolvidas. Muita gente 'pega carona' para fazer piada, para fazer trote. Às vezes a gente consegue pegar o cara responsável, mas acaba descobrindo que ele fez apenas um trote. Aiínós perdemos muito tempo e começamos do zero”.

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