FABIO AMATO, ISABELA CAMARGO E MÁRCIO FALCÃO
G1
A Polícia Federal (PF) apreendeu nesta sexta-feira (12), no Lago Sul, em Brasília, uma Ferrari, um carro semelhante aos de Fórmula 1, relógios de luxo e dinheiro em espécie durante operação contra fraudes no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
Na mesma ação, foram presos Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o "Careca do INSS", e o empresário Maurício Camisotti. Em endereços de São Paulo, a polícia também apreendeu várias obras e objetos de arte.
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Além dos dois mandados de prisão, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão. As ordens judiciais foram expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça.
Segundo a investigação, o "Careca do INSS" é apontado como o lobista que atuava como “facilitador” do esquema de desvios de aposentadorias e pensões.
A Polícia Federal afirma que associações e entidades que oferecem serviços a aposentados cadastravam pessoas sem autorização, com assinaturas falsas, para descontar mensalidades dos benefícios pagos pelo INSS.
Antunes foi levado para a Superintendência da PF de Brasília. Segundo as investigações, ele transferiu R$ 9,3 milhões para pessoas relacionadas a servidores do INSS entre 2023 e 2024.
Camisotti, que foi preso em São Paulo, é apontado como sócio oculto de uma entidade e beneficiário das fraudes na Previdência.
Os agentes também estiveram na casa e no escritório do advogado Nelson Willians, na cidade de São Paulo. No endereço dele, foram encontradas dezenas de obras de artes.
O que dizem as defesas
A defesa do advogado Nelson Wilians afirmou que ele tem colaborado integralmente com as autoridades, que sua relação com um dos investigados é estritamente profissional e legal e que os valores transferidos dizem respeito à compra de um terreno vizinho à sua residência. A defesa destacou ainda que a medida é de caráter investigativo e não implica culpa ou responsabilidade.
Já a defesa do empresário Maurício Camisotti afirmou que não há qualquer motivo que justifique sua prisão no âmbito da operação que investiga fraudes no INSS. Os advogados classificaram a ação policial como arbitrária. Acrescentaram que adotar todas as medidas legais cabíveis para reverter a prisão e assegurar os direitos do cliente.
As demais defesas ainda não se pronunciaram. Leia a matéria completa no G1.