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Cuiabá, 18 de Setembro de 2025
18 de Setembro de 2025

18 de Setembro de 2025, 10h:10 - A | A

POLÍCIA / FIM DA LINHA

PM condenado por matar universitária em Cuiabá é expulso da corporação

Edivaldo Júnior Rodrigues foi encaminhado à Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães para iniciar o cumprimento da pena.

THIAGO NOVAES
DO REPÓRTER MT



O policial militar Edivaldo Júnior Rodrigues Marques de Souza, de 36 anos, foi oficialmente demitido da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso. A decisão, publicada nessa terça-feira (16) no Diário Oficial, ocorreu quase 10 anos após o policial assassinar a tiros, Adriele da Silva Muniz, de 25 anos, em Cuiabá.

Na quarta-feira (10), Edivaldo foi preso em sua residência no bairro Figueirinha, em Várzea Grande. Ele cumprirá a pena de 18 anos de prisão em regime inicialmente fechado, conforme sentença transitada em julgado.

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Em junho de 2023 ele foi condenado pelo homicídio de Adriele, ocorrido em 2016. Desde então, respondia ao processo em liberdade. A ordem de prisão foi expedida após o trânsito em julgado da decisão, em 5 de agosto. Em audiência de custódia, a juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, também havia determinado a perda do cargo do policial.

O caso

Segundo o inquérito da Polícia Civil, o crime ocorreu quando Adriele voltava de uma festa de aniversário no bairro Duque de Caxias, em um Fiat Palio, acompanhada do namorado e de amigos.

Ao trafegarem pela avenida Isaac Póvoas, o carro teria batido no retrovisor de um Honda Fit conduzido por Edivaldo. Após uma breve discussão, ambos os veículos seguiram viagem. Entretanto, o policial perseguiu o Palio e efetuou disparos contra o veículo, atingindo Adriele nas costas. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.

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O inquérito, concluído em 2021, incluiu cruzamento de informações, análise de inúmeras câmeras de segurança, depoimentos e laudos periciais.

Em um primeiro depoimento à DHPP, Edivaldo negou qualquer envolvimento. Dias depois, ele confessou ter disparado contra o veículo, alegando legítima defesa diante de uma suposta tentativa de assalto. 

No entanto, as provas obtidas durante o processo demonstraram que em nenhum momento as vítimas representaram risco de vida ao policial ou à ocupante do Honda Fit, e que os ocupantes do Palio não desceram do veículo durante o trajeto.

O policial militar foi encaminhado à Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães para iniciar o cumprimento da pena.

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