JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO
Quase dois meses após a tragédia envolvendo cinco veículos que matou quatro pessoas, no viaduto da MT – 040, nas colisões que teria sido provocado por um racha, na Avenida Fernando Côrrea da Costa, a Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) deve concluir o laudo, que apontará se o motorista Joaci Rabello Júnior, de 29 anos, estava dirigindo na contramão da via.
Ele dirigia bêbado, segundo a polícia, quando bateu o VW Gol no muro de concreto, ao lado da pista, sucedendo nas colisões com um Fiat Punto, Toyota Corolla, uma motocicleta, com dois ocupantes e uma viatura da Polícia Militar. Além do atropelamento do cabo Elson Demétrio.
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Ao RepórterMT, a assessoria de imprensa do órgão informou que o laudo já esta em fase final de revisão e deve ser concluído até o fim da próxima semana. Em seguida, será enviado a Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito, onde o delegado Romildo Grota Júnior deve concluir o inquérito.
Diante da falta do documento, o Ministério Público Estadual (MPE) não pôde aceitar a denúncia contra Joaci. Ele ficou 23 dias preso na Penitenciária Central do Estado e teve o pedido de soltura deferido pela juíza Marcemila Reis, da 5ª Vara Criminal de Cuiabá. Após ser solto, Joaci foi internado em uma clínica para dependentes químicos.
MORTOS
Morreram na tragédia o motorista do Corolla, Diego Kischel, o condutor do Punto, Luciano Siqueira Campos, o passageiro, James Paes de Barros, e por último, o cabo Demétrio, que passou 17 dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Pronto-Socorro Municipal.
RACHA E BEBEDEIRA
Em uma entrevista ao RepórterMT, o delegado Cristian Cabral, da Delegacia de Delitos de Trânsito, disse que Joaci poderia estar dirigindo na ‘mão’ certa, quando teria batido o Gol, contra o muro de concreto ao lado da pista. O impacto da colisão teria deixado o veículo na ‘contramão’, onde foi colidido pelo Toyota Corolla e o Fiat Punto.
Os dois veículos que estavam supostamente disputando racha em alta velocidade se chocaram contra a viatura da Polícia Militar, atropelaram o cabo Elson Demétrio e atingiram dois homens, em uma moto Honda Bros. Em seguida, Joaci que estava bêbado, segundo a polícia, foi preso em flagrante por outros PM’s.
Segundo Cristian, minutos antes das colisões, o Centro Integrado de Operações de Segurança (CIOSP) recebeu uma denúncia, apontando que o motorista Joaci estaria trafegando de forma perigosa na pista.
Instantes depois, outra pessoa ligou para a corporação, informando que o mesmo carro, teria batido no muro de contenção e ficado parado, na contramão. Por fim, o terceiro chamando, já noticiava a tragédia envolvendo os cinco veículos.
“A princípio com essas informações registradas no Ciosp, temos essa possibilidade (que o motorista não estava trafegando na contramão). Mas, só teremos a verdade com a conclusão dos laudos periciais, feito por agentes da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec). Os documentos devem ser concluídos nos próximos 20 dias, indicando de fato, o que ocorreu no local”, explicou.
LIGAÇÕES COM O CRIME
Diego, que morreu a caminho da Policlínica, já havia sido preso pela Polícia Militar sob a acusação de tráfico de drogas. A Polícia descobriu que o Corolla que ele dirigia havia sido roubado, há menos de dois meses, de uma casa do bairro Boa Esperança, na Capital.
A prisão ocorreu há dois anos, quando os PM’s o encontraram com várias porções de pasta-base de cocaína em um ‘mercadinho’ D.K, na Avenida Principal do Pedra 90, também na Capital.
Ao ser detido, Diego negou ser traficante e disse à PM que a carga que era para consumir com os amigos.
No entanto, na revista do estabelecimento comercial foram encontrados mais dois quilos de ácido bórico, uma balança de precisão e apetrechos usados para embalar a droga, caracterizando o crime de tráfico de drogas.
Reprodução Facebook

Corolla que Diego diria era roubado. Ele também já chegou de ser preso pelo crime de tráfico de drogas.