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Cuiabá, 30 de Junho de 2025
30 de Junho de 2025

30 de Junho de 2025, 12h:30 - A | A

POLÍCIA / PREJUÍZO DE R$ 30 MILHÕES

Menor que invadiu apartamentos em prédio na Praça Popular e em mais 5 estados é apreendido em SP

Ele participou de mais de 40 invasões só nos últimos meses.

DO REPÓRTERMT



Um menor de 17 anos, acusado de invadir e furtar ao menos 40 condomínios de luxo pelo país foi apreendido pela Polícia Civil de São Paulo no último dia 17. Segundo a polícia, ele cometeu os crimes em pelo menos seis estados, incluindo Mato Grosso, com um furto confirmado em Cuiabá.

Em maio desse ano, ele invadiu um edifício de alto padrão, na região da Praça Popular, em Cuiabá. Câmeras de segurança flagraram, na tarde de 17 de maio, o menor entrando num prédio de alto padrão localizado na Praça Popular, onde teria invadido e cometido furto em dois apartamentos. 

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Era por volta das 13h quando ele chegou na portaria e conseguiu autorização para entrar no prédio. Em seguida, ele pegiu o elevador e subiu em busca de apartamentos. A informação apurada pela reportagem é que ele conseguiu invadir os imóveis de um secretário de Estado e um servidor do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Quando ele deixava o local, um dos seguranças estranhou a presença do intruso. Para escapar, ele pulou a parede de vidro e fugiu correndo.

Segundo a polícia, a quadrilha escolhia as vítimas pelas redes sociais.

Repercussão nacional

Conforme reportagem exibida no Fantástico nesse domingo (29), o menor se passava por morador ou familiares para aplicar os golpes. O prejuízo estimado pela polícia é de R$30 milhões. O caso foi exibido com destaque pelo programa Fantástico da Rede Globo nesse domingo (29).

De acordo com as investigações, o menor viajou para diferentes regiões do país para cometer os crimes. As ações foram registradas em ao menos seis estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso. Em cada local, ele usava táticas semelhantes para acessar os condomínios e furtar bens de alto valor. Somente em um furto realizado em Foz do Iguaçu ele levou R$6 milhões em espécie e joias.

Imagens de segurança mostram que ele entrava nos prédios com naturalidade, muitas vezes sem levantar suspeitas. O adolescente se aproximava dos portões com postura confiante e se aproveitava de momentos de distração para se infiltrar nos edifícios.

Ele usava roupas de grifes, fones de ouvido e mochilas caras para reforçar a imagem de um jovem de classe alta. O menor tinha uma postura tranquila para se passar por morador dos locais. Em alguns casos, disfarçava-se com perucas ou símbolos religiosos.  

Em alguns casos, ele acenava para a portaria como se fosse conhecido dos funcionários. Quando era abordado, inventava histórias, dizia ser neto de algum morador e até mesmo ameaçava os funcionários.

Além da entrada, ele demonstrava conhecer detalhes dos condomínios e agia de forma organizada. Sabia onde procurar os objetos de valor e, segundo testemunhas, era seletivo: levava joias, dinheiro em espécie e relógios de grife, deixando para trás itens eletrônicos e objetos maiores.

O assaltante costumava agir sozinho, mas em algumas ações contava com o apoio de comparsas. Os itens furtados incluíam bolsas, joias, relógios, dólares, euros e cofres com dinheiro em espécie. 

As imagens obtidas pela investigação mostram que ele também atuou em bairros nobres da capital fluminense e em cidades do interior paulista. A quadrilha da qual ele fazia parte era baseada em São Paulo, mas se deslocava com frequência para realizar os furtos em outras regiões.

Histórico desde a infância

A polícia aponta que o menor comete crimes desde os 13 anos. Aos 14, foi apreendido após arrombar o cofre de um apartamento da médica Ludhmila Hajjar e furtar joias e relógios avaliados em R$ 3 milhões. Depois, foi detido em um jantar com amigos no Guarujá. Cumpriu um ano e nove meses na Fundação Casa e voltou a agir após ser solto.

Atualmente, morava sozinho em um apartamento de alto padrão e usava um carro de luxo durante os crimes. Segundo a polícia, parte do dinheiro era repassada a interceptadores que ajudavam no escoamento dos itens roubados.

Veja vídeo:

 

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