APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
Será realizado nesta quinta-feira (25) o julgamento do ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, que estuprou e assassinou a advogada Cristiane Tirloni e depois abandonou o corpo dela em um carro no Parque das Águas, em Cuiabá, em agosto de 2023.
Durante o julgamento, o júri popular decidirá se o réu deve ser condenado pelos crimes apontados pelo Ministério Público de Mato Grosso: feminicídio qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima), estupro de vulnerável, ocultação de cadáver e fraude processual.
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Ele chegou a tentar "fugir" do Tribunal do Júri, recorrendo até mesmo ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde o ministro Otávio de Almeida Toledo encerrou as discussões ao negar recurso, permitindo que o julgamento pudesse ser marcado.
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Antes de matar Cristiane, Almir já era conhecido das autoridades. Sua ficha criminal inclui registros de roubo, furto e ainda respondeu por ser líder de uma quadrilha especializada em roubo de combustíveis. Esse foi o motivo de ele ter sido expulso da Polícia Militar.
Relembre o crime
Almir e Cristiane se conheceram na noite de 12 de agosto de 2023 (sábado), por volta das 23h30, no Bar do Edgare, em Cuiabá. Antes de ir ao estabelecimento, a vítima passou o dia com familiares em um churrasco. O primo foi a última pessoa da família a vê-la antes de ela sair do local acompanhada do assassino.
Como Almir estava sem carro, eles seguiram no veículo de Cristiane, um Jeep Renegade. Conforme o delegado Ricardo Franco, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a morte ocorreu durante a madrugada, por asfixia. O corpo apresentava sinais de espancamento, com lesões no rosto e no crânio, além de violência sexual.
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Sem notícias, o irmão da vítima acessou um aplicativo de rastreamento instalado no celular dela e localizou o aparelho no Parque das Águas, em Cuiabá. Ao chegar, encontrou a irmã no banco de carona do Jeep, já sem vida. Ele levou o corpo ao hospital, mas a morte foi confirmada.
Ainda para o delegado Ricardo Franco, o aplicativo foi necessário para que a polícia identificasse o último endereço em que a vítima esteve antes da morte: a casa do acusado. Imagens de câmeras de segurança mostraram o veículo saindo da residência pela manhã, com Almir na direção.