DA REDAÇÃO
Imagens do circuito externo de segurança mostram o momento exato em que Anderson Nascimento Gonçalo foi assassinado com quatro tiros no bairro Morada do Ouro, na capital, no dia 13 de novembro. Gonçalo é suspeito de ser traficante de drogas.
O delegado Walfrido Nascimento, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, identificou o advogado Vagner Rogério Neves de Souza, de 38 anos, como o autor dos disparos.
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Segundo o delegado, Vagner foi flagrado atirando na vítima por câmeras de um circuito externo de segurança de um estabelecimento. Os policiais foram até o apartamento dele, no edifício Morada do Parque, também no bairro Morada do Ouro, mas não o encontraram.
“O advogado também já tem um mandado de prisão preventiva contra ele, deferida pela Justiça de Mato Grosso do Sul. Estamos em diligências para tentar prendê-lo, mas até o momento não temos informações do paradeiro dele”, destacou.
Walfrido ainda afirmou que dois carros do suspeito foram apreendidos. Os veículos estavam irregulares e podem ter sido comprados com dinheiro do tráfico de drogas. A polícia acredita que Vagner seria integrante de uma quadrilha que ‘lavava’ o dinheiro do tráfico, para comprar veículos com problemas judiciais. “Eles costumavam fazer essas compras para ‘girar’ do dinheiro adquirido com a venda da droga”, explicou.
PRISÃO DOS COMPARSAS
Já Nilton César da Silva e Virimar Giro foram presos também na sexta-feira passada (5), Eles são acusados de terem atraído a vítima para comprar um caminhão.
De acordo com o delegado, após o advogado matar Anderson, ele entrou em uma caminhonete onde estavam Nilton e Virimar.
“Um dos dois estava dirigindo o carro. Instantes após o assassinato, eles fugiram”, destacou.
Dias após o crime, os dois suspeitos prestaram depoimento na DHPP e se propuseram a se apresentar na delegacia, se fossem novamente convocados. No entanto, não foram mais encontrados.
“Fizemos um trabalho de campana e conseguimos prender os dois na casa deles. Um deles morava no mesmo prédio que o advogado”, falou Walfrido.
VÍTIMA JÁ FOI PRESA
As investigações também apontaram que Anderson seria integrante de uma quadrilha de traficantes de droga, rival a de Vagner.
A vítima também já havia sido presa em agosto de 2013, na operação Abadom, deflagrada pela Polícia Civil. Ele foi indiciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por ser integrante de um grupo criminoso, supostamente chefiado pelo ex-delegado João Bosco, a esposa dele, a investigadora Gláucia Cristina. Segundo o MPE também existem outros envolvidos no esquema.
Para o delegado Walfrido, a execução de Anderson pode ter ocorridopor conta de um acerto de contas, entre os grupos rivais.