THIAGO NOVAES
DO REPÓRTERMT
Rafael Generoso Bampa, gerente de uma facção e alvo principal da Operação Ressona, deflagrada na manhã de hoje (19), em Lucas do Rio Verde (a 333 km de Cuiabá), em Mato Grosso, está foragido. Ele é procurado pelos crimes de organização criminosa, tráfico e lavagem de dinheiro, e tinha um mandado de prisão a ser cumprido na manhã desta quarta-feira.
Investigações conduzidas pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e pela Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco), do Rio de Janeiro, apontam que Rafael viajava com frequência ao estado fluminense para adquirir armamentos pesados, como fuzis, que eram guardados em uma chácara de sua propriedade em Sorriso, usada como paiol clandestino da facção.
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Conforme as apurações, os foragidos emitiam ordens estratégicas para o faccionado em Lucas do Rio Verde, inclusive relacionadas a homicídios, atos de intimidação e recentes ataques a empresários da região.
O criminoso ostentava alto poder aquisitivo, com veículos, fazendas e casas de alto padrão. Além disso, aparece em várias fotos e vídeos exibindo armas adquiridas em viagens ao Rio de Janeiro e grande quantia de dinheiro em espécie.
Ele é apadrinhado por um líder da mesma facção no Rio, também foragido e com ao menos nove mandados de prisão em aberto.
As investigações, iniciadas em 2024, indicam que Bampa cuidava da logística, da contabilidade e da lavagem de dinheiro do grupo, além de receber ordens de outros chefes escondidos em favelas cariocas, repassadas inclusive por videochamadas. A estrutura criminosa incluía entregadores, laranjas e operadores logísticos, todos com funções bem definidas.
Em menos de quatro meses, foram identificadas movimentações próximas de R$ 2 milhões, com características típicas de lavagem de dinheiro, realizadas por meio de transações fragmentadas, repasses imediatos, uso de contas encerradas por fraude e destinatários com histórico criminal ligado ao tráfico e à organização criminosa.
Operação Ressona
A operação cumpre 17 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão, além do bloqueio de R$ 9,3 milhões e do sequestro de bens móveis e imóveis. As equipes atuam em Lucas do Rio Verde, Guarantã do Norte e outras cidades da região, com apoio de unidades da Polícia Civil, Core e Cecor.















