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Cuiabá, 23 de Julho de 2025
23 de Julho de 2025

23 de Julho de 2025, 07h:00 - A | A

POLÍCIA / TRAMA DIABÓLICA

Garota de MT e namorado que matou família conversaram sobre comer os corpos das vítimas

No dia 21 de junho, o menor de 14 anos matou o pai Antônio Carlos Teixeira, 45 anos; a mãe Inaila Teixeira, 37, e o irmão, de 3 anos.

THIAGO NOVAES
DO REPÓRTER MT



Conversas entre a menor de 15 anos, moradora de Água Boa (a 639 km de Cuiabá), e o namorado virtual de 14 anos, que matou os pais e o irmão de 3 anos em Itaperuna (RJ), revelam que os menores chegaram a considerar canibalismo como forma de ocultar os corpos das vítimas.

A informação foi revelada pelo delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Carlos Augusto Guimarães, em entrevista concedida ao canal Beto Ribeiro, no YouTube, nessa segunda-feira (21).

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O delegado explica que antes da consumação do crime, os menores conversavam sobre formas de matar e o que fazer com os corpos. Em uma dessas trocas de mensagens, a possibilidade de canibalismo foi levantada, mas, para o delegado, essas mensagens não necessariamente indicam que eles tivessem de fato essa intenção.

“Não sei se iam fazer isso realmente, mas tem conversas ali que falam sobre comer corpos, mas isso não foi levado adiante. Assim como não foi levado adiante a ideia de querer matar a avó, que é uma pessoa que poderia desconfiar de alguma coisa”, disse. 

O delegado também lembra que os dois menores conversaram antes, durante e depois do crime, o que indica que a moradora de Mato Grosso participou ativamente do crime.

“Eles conversam sobre como se desfazer do corpo, então tem bastante prova da participação dessa outra adolescente nos crimes. Seja induzindo induzindo esse garoto, seja instigando a cometer o crime ou comemorando as mortes. É uma coisa horrível”, afirmou.

O caso

No dia 21 de junho, o menor de 14 anos matou o pai Antônio Carlos Teixeira, de 45 anos; a mãe Inaila Teixeira, de 37 anos e o irmão. Para matá-los, ele usou uma arma de fogo que havia em casa. O armamento era registrado no nome do pai dele, que era autorizado a mantê-la como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC).

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Após cometer o crime, o menor espalhou um produto químico no chão e arrastou os corpos até uma cisterna da casa, onde jogou os cadáveres.

Nos dias seguintes, parentes passaram a perguntar pelos pais e irmão do adolescente e chegaram a comunicar o desaparecimento à polícia.

Policiais foram até à casa do menino três dias depois para realizar uma perícia e encontraram os corpos.

O menor confessou o crime e disse que assassinou a família porque os pais eram contra o relacionamento virtual que ele mantinha com a adolescente de Mato Grosso. Em clara demonstração de frieza, ele disse que não estava arrependido e que faria tudo de novo se fosse preciso.

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Investigações apontaram que, após assassinar a família, o adolescente passou a pesquisar como receber FGTS de pessoas mortas e já procurava um emprego em Água Boa.

Ele também planejava vender a casa e o carro da família por R$300 mil e R$ 60 mil, respectivamente.

Os dois foram apreendidos e estão à disposição da Justiça. A menor de Água Boa foi transferida para o Centro de Atendimento Socioeducativo Feminino, antigo Pomeri, em Cuiabá.

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