LUIS VINICIUS
DA REDAÇÃO
O jornalista Márcio Fidelis registrou um boletim de ocorrência, na última sexta-feira (2) afirmando ter sofrido uma tentativa de homicídio supostamente praticada pelo ex-prefeito de Dom Aquino (160 Km de Cuiabá), Eduardo Zeferino (PR). Conforme o comunicador, o ex-prefeito foi condenado a 34 anos e seis meses por estupro de vulnerável, mas estava em liberdade, em um bar da cidade. Ao ver a cena, o jornalista ficou indignado, parou o carro e fotografou Zeferino.
Zeferino é condenado a 34 anos e seis meses por estuprar cinco crianças
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Após fotografar, o jornalista conta que Eduardo o seguiu em alta velocidade e ainda tentou bater o carro contra o veículo do comunicador, mas a vítima conseguiu acelerar mais e se livrar de um acidente, segundo o boletim de ocorrencia.
Após a tentativa de homicídio, o jornalista foi até o destacamento da Polícia Militar e , ao ver que não havia ninguém, registrou o boletim em uma delegacia da Polícia Civil da cidade.
“Sofri uma perseguição e tentativa de homicídio. O B.O está registrado. Só se cortar minhas pernas ou me matar para me impedir de fazer o que acho o correto. Pessoa condenada pela Justiça tem horário de estar em casa e não em boteco. Pessoa condenada por pedofilia não pode frequentar festa escolar como aconteceu no último final de semana em Dom Aquino. Imagina sua filha indo ao banheiro em um lugar que também está uma pessoa condenada a 34 anos por estupro de vulnerável. Sem contar que essa mesma pessoa, o ex-prefeito de Dom Aquino, Eduardo Zeferino, pinta e borda na cara da Justiça. Há 15 dias estava até de madrugada em bailão na Zona Rural. Cadê o Ministério Público que não vê isso?”, disse Fidelis em seu perfil no Facebook.
Condenação
O ex-prefeito de Dom Aquino, Eduardo Zeferino, foi condenado a 34 anos e seis meses de prisão por ter estuprado cinco crianças de idade entre 7 e 11 anos. Três das cinco crianças eram sobrinhos de Eduardo.
A sentença foi dada pela juíza Maria Lúcia Prati, da própria comarca da cidade. O julgamento ocorreu no dia 23 de maio de 2015.
Por conta do mandato de prefeito que finalizou em 2012 e diante das vítimas serem menores de idade, o processo criminal contra Eduardo tramitou em segredo de Justiça.
Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), os crimes teriam ocorrido entre 2005 e 2008, porém, só foram denunciados cinco anos depois, pelas mães das vítimas, o que gerou um escândalo no meio político mato-grossense.
Em 2011, Eduardo foi preso e passou um mês em uma cela da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, porque não tinha curso superior. Ele conseguiu o habeas corpus, para responder pelos crimes em liberdade.
A reportagem entrou em contato com ex-prefeito, que não atendeu às ligações.