JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO
Diego José da Silva, de 20 anos, preso na manhã desta segunda-feira (13), principal suspeito de ter matado a ex-namorada Poliana Araújo Alves, de 14 anos e amiga dela, Luzinete Rodrigues, de 16 anos, pode ter premeditado o crime. Segundo a delegada Anaíde Barros, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), desde o primeiro depoimento na delegacia, o acusado apresentou várias informações distorcidas. “Despertou a atenção da Polícia o horário que ele (Diego) divulgou ter chegado em casa, porém descobrimos que o suspeito estava mentindo. Tendo chegado em sua residência em outro momento”, destacou.
Anaíde disse que é perfeitamente compatível que Diego tenha cometido o crime e voltado para sua casa. Já que as residências são próximas. Outro indício contra Diego, que chamou a atenção da delegada, foi o fato de que o suspeito apontava constantemente autores para os assassinatos, tentando despistar a atenção contra si. “Chegou a informação que os assassinos seriam dois criminosos identificados apenas como Xinarram e Dodô, mas conseguimos descobrir que, quem estava apontando esses suspeitos, era o próprio Diego”, explicou.
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Anaíde ainda disse que, quando o acusado retornou para casa, por volta das 2h30, chegou fazendo barulho para a família perceber que ele tinha retornado. “Então, são mínimos detalhes que nos leva a convicção que ela tenha cometido os crimes”, explicou.
PRISÃO
Diego foi preso em cumprimento de mandado de prisão temporária de 30 dias. Após ser lavado para a DHPP, para prestar depoimento, ele negou ser o autor do crime, porém confessou ter enviado várias mensagens no celular da ex-namorada ameaçando de morte ela e Luzinete.
Friamente, ele disse que fazia as ameaças para tentar proteger as duas, já que não queria que saíssem com outros homens. “Eu fiz algumas coisas que não devia para tentar proteger as duas, por isso, mandava as mensagens ameaçadoras”, disse. “Eu falava para elas não saírem, já que saiam com várias pessoas”, falou. Sobre o apontamento dos suspeitos Xinarram e Dodô ele disse que, quando foi informado sobre o crime, foi rapidamente até a casa e recebeu a notícia de que os dois teriam cometido o duplo homicídio.
O CRIME
Na madrugada do dia 5 de outubro, Luzinete com Poliana estavam em um bar comemorando o aniversário da mãe da primeira menina. Por volta de 1h30, as duas disseram que iam tomar banho em casa.
Horas depois os corpos das duas foram encontrados nus e com marcas de pauladas na cabeça.
CRIME E SUPOSTO SEXO NO SOFÁ
Em entrevista ao RepórterMT, Patrícia Maria da Silva Almeida e Alvenir Botelho Rodrigues, mães das adolescentes negaram que as filhas fossem lésbicas. A hipótese foi levantada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A tese era de que as garotas estivessem fazendo sexo no sofá da casa e foram surpreendidas pelo assassino. Agentes da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) realizaram um exame macroscópico no local, que indicou que as garotas foram surpreendidas no sofá, mas antes teriam dobrado as roubas e colocado em um cômodo da casa.
“A adolescente de 14 anos levou o primeiro golpe na testa em cima do sofá. Já a de 16 foi agredida também na testa, mas quando estava em pé. Os corpos e o local do crime não têm nenhum sinal de defesa, o que nos leva a acreditar que elas foram surpreendidas”, explicou a delegada que investiga o caso, Anaíde Barros.
Segundo Patrícia Almeida, as duas eram amigas desde a infância e tinham o costume de tomar banho juntas. Segundo a mãe, as meninas podem ter sido surpreendidas no momento que colocavam as roupas, já que a toalha ainda estava molhada, após a descoberta dos homicídios. “Elas saíram da festa dizendo que iam tomar banho porque estavam suadas. Penso que e que foram espancadas no momento que estavam saindo do banho”, explicou Patrícia.