APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O delegado Bruno Abreu, da Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, indiciou o policial militar Raylton Duarte Mourão e o funcionário dele, Vitor Hugo Oliveira da Silva, por homicídio qualificado, com motivo fútil e recurso de dificultou a defesa da vítima, pelo assassinato da personal trainer Rozeli da Costa Sousa Nunes, ocorrido em Várzea Grande.
Com isso, o caso será remetido ao Ministério Público Estadual, que definirá se apresentará ou não denúncia contra os dois acusados ao Poder Judiciário de Mato Grosso.
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Rozeli, de 33 anos, foi assassinada a tiros na manhã de 11 de setembro, no bairro Cohab Canelas, em Várzea Grande. Ela estava dentro de um Sandero, a caminho do trabalho em uma academia da avenida Filinto Müller.
Câmeras de segurança registraram o momento em que Raylton e Vitor se aproximam da vítima em uma motocicleta preta. O PM, que estava na garupa, disparou quatro vezes contra a personal, que foi atingida no rosto e morreu ainda no local.
Vitor Hugo, contratado para ser piloto de fuga, afirmou que não sabia que se tratava de um assassinato. Ele ainda relatou que, no dia seguinte, recebeu R$ 500 do PM, valor que, segundo o delegado, pode ter sido uma tentativa de “calar a boca” do comparsa.
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O rapaz trabalhava na distribuidora de águas do PM. Ambos seguem presos.
O crime teria ligação com um processo judicial em que a vítima cobrava R$ 24 mil de Mourão, referentes a um acidente de trânsito envolvendo um caminhão-pipa da empresa Reizinho Água Potável, de propriedade do militar e da esposa. A ação pedia R$ 9,6 mil por danos materiais e R$ 15 mil por danos morais. Uma audiência de conciliação estava marcada para o dia 16, mas Rozeli foi assassinada cinco dias antes.