KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO
O delegado Antônio Esperândio, da Delegacia Regional do Carumbé, em Cuiabá, que apura as circunstâncias das três mortes registradas após a explosão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, dia 13 de março deste ano, solicitou à Justiça mais prazo para concluir o inquérito.
Neste período, que será determinado pela Justiça, o delegado quer fazer perícias secundárias, para se certificar dos detalhes que levaram os trabalhadores à morte, como informa a Assessoria de Imprensa da Polícia Judiciária Civil.
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Só depois dessas investigações finais, o delegado terminará o inquérito do caso, apontando responsáveis ou eximindo de culpabilidade.
A explosão, que matou os três trabalhadores queimados, aconteceu no gabinete 114 do deputado estadual Gilmar Fabris (PSD). Fabris era suplente do falecido Walter Rabello (PSD), que enfartou em dezembro do ano passado. A reforma no gabinete era para o parlamentar passar a ocupá-lo, assim como a cadeira na AL que era de Rabello.
Laudo pericial concluiu que a explosão foi acidental, causada pelo “atrito da máquina enceradeira com o produto inflamável que havia no local (tinner)”.
As vítimas tiveram de 80% a 100% do corpo queimado e chegaram a ser atendidas no Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá, mas não resistiram a dor e aos ferimentos graves.
Dia 26 de março, o deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) apresentou um projeto de lei, propondo o pagamento de pensão aos filhos e viúvas das três vítimas. Os três eram casados e tinham filhos.
Jonathan Bruno Paes morreu aos 22 anos no dia 15 de março, dois dias após o acidente. Ele era casado com Emily Gabrielly de Souza Sabrina, com quem tinha uma filha de 4 anos. No mesmo dia faleceu Wagner Nunes de Almeida, 25, casado com Camila de Campos Bernardo de Almeida, pai de uma menina de 3 anos. Já Luciano Henrique Perdiza, de 27 anos, resistiu mais 24 horas, falecendo em 16 de março. Deixou a mulher Ana Rosa Guimarães dos Santos e dois filhos gêmeos de 3 anos.
O deputado Emanuel Pinheiro informou ao RepórterMT que o projeto ainda está tramitando na Casa, mas já passou por algumas comissões.
No momento está na Comissão de Mérito. A matéria está analisada do ponto de vista social e se não ofende a administração pública. Se passar, chegará à semana que vem à Comissão de Constituição e Justiça, voltando à sessão para votação final e sanção do governador Pedro Taques (PDT).
“Só depois disso as famílias devem começar a ser remuneradas, mas de forma retroativa a março”, explica.
O valor que ele propõe de pensão vitalícia mensal para cada mulher é de R$ 2.187,80 mensais e para cada filho de R$ 1.640,85 mês.