VANESSA MORENO
DAFFINY DELGADO DO REPÓRTERMT
O casal de estelionatários Márcio Nascimento e Eliza Severino, que aplicou um golpe milionário em centenas de formandos em Mato Grosso e outros estados, também deu calote nos funcionários e prestadores de serviços das empresas Imagem Eventos e Graduar Fotografias, das quais são administradores. Eles fecharam as empresas repentinamente e deixaram diversas pessoas sem emprego e com valores a receber.
Márcio e Eliza são alvos de um mandado de prisão preventiva, expedido no âmbito da Operação Ilusion, deflagrada pela Polícia Civil nas primeiras horas dessa terça-feira (20). Os dois estão foragidos.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
De acordo com delegado Rogério Ferreira, da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), que conduz o caso, além de alunos de cursos como medicina, odontologia, direito e de escolas públicas e particulares de ensino fundamental e médio, os funcionários de Márcio e Eliza também foram pegos de surpresa com a notícia do fechamento repentino das empresas Imagem e Graduar, em janeiro deste ano.
“Não podemos esquecer dos funcionários e prestadores de serviços, que muitos estão ainda com valores a receber e ficaram desempregados”, disse o delegado.
Ainda segundo Rogério Ferreira, o plano de fechar as empresas foi arquitetado por quatro meses antes do efetivo fechamento.
Neste período, eles assinaram novos contratos exigindo pagamento à vista, fizeram promoções para receber pagamentos em atraso, dentre outras práticas com a finalidade de levantar valores para fechar as empresas e deixarem a cidade.
O golpe causou um prejuízo de R$ 7 milhões às vítimas e deixou muita gente frustrada.
“O fechamento dessas empresas no começo do ano, frustrou o sonho de muitas pessoas. Casou uma ilusão em formandos, familiares e amigos e também em funcionários”, ressaltou o delegado.
Além dos mandados de prisão preventiva, a Operação Ilusion está cumprindo mais de 20 ordens judiciais, entre busca e apreensão, bloqueio de R$ 7 milhões das contas dos investigados, restrição administrativa de oito veículos e suspensão de atividade econômica.
Os alvos são investigados por crime contra o patrimônio, contra as relações de consumo e associação criminosa. A pena para esses crimes pode chegar a 13 anos de prisão e multa.