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Cuiabá, 13 de Setembro de 2025
13 de Setembro de 2025

03 de Janeiro de 2015, 16h:30 - A | A

POLÍCIA / COMOÇÃO E REVOLTA

Amigos homenageiam ciclista morto em estrada de Chapada; motorista continua foragido

Ciclistas colocaram uma bicicleta de cor branca e um bloco de concreto no local da tragédia, como forma de homenagear o advogado morto atropelado.

JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO



Mais de 100 ciclistas percorreram o trecho que o também ciclista e advogado, José Eduardo Carvalho, de 59 anos, fez até o quilometro 13, da Rodovia Emanuel Pinheiro (MT -251), sentido Chapada dos Guimarães, quando foi morto atropelado, por um carro de cor preta, modelo pick-up, na manhã do dia 31 de dezembro de 2014.

O motorista continua foragido. Diogo Azevedo, de 32 anos e Valdeci de Jesus Soares, de 50 anos, também foram atingidos pelo veículo, quando trafegavam pelo acostamento da pista. Os dois tiveram apenas escoriações leves pelo corpo.

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Como forma de homenagem e também mostrar sentimento pela perda de José Eduardo, o grupo colocou no ponto, onde ocorreu a tragédia, uma bicicleta de cor branca e um bloco de concreto com uma mensagem mostrando o amor que o ciclista tinha com o esporte. O texto diz; ‘A bike não matou meu pai. A bike salvou meu pai e só trouxe alegria para a vida dele’.

Na pagina do ‘Facebook’, da internet, criado pelos amigos do ciclista, para divulgar o evento da homenagem, eles cobram do poder público a construção de uma ciclovia no MT – 251 e em Cuiabá. Além de chamar a atenção dos motoristas, para cumprirem as leis de trânsito.

“Acreditamos que com a colocação de uma ‘Ghost Bike’, estaremos ali homenageando, assim como também cobrando do poder público, providências que devem ser tomadas para que acidentes como esse não aconteçam mais”, disse o criador do perfil na página.

Reprodução TVCA

bike

Amigos prestando homenagem a ciclista morto atropelado.

BUSCA AO FORAGIDO

De acordo com informações da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito, o delegado Romildo Souza Grota, já analisou imagens do circuito externo de segurança de um posto de combustível e uma empresa, próximos ao local da tragédia. Porém, nenhuma imagem do carro conduzido pelo motorista foi encontrada.

Mesmo assim, Romildo continua com as investigações, buscando imagens de vídeo de outras empresas próximo do local da morte para tentar descobrir a placa do veículo.

O ATROPELAMENTO

Internado por 8h, no Hospital Santa Rosa, Diogo Azevedo contou ao RepórterMT, com exclusividade, como foi a tragédia que ocorreu a 1 km do Coxipó do Ouro.

Diogo disse trafegava a cerca de 40 km/h, quando sentiu um tranco. Já que José Eduardo, foi o primeiro a ser atingido pelo carro, sendo jogado a vários metros e batendo a cabeça no chão.  "Eu fiquei desacordado por 30 segundos. Eu fui para cima e bati as costas", observou. Azevedo também comentou que o motorista do carro não chegou a frear antes de atropelar o trio de ciclistas.

Ao acordar, Diogo viu que José Eduardo ainda estava vivo. "Ele estava desacordado, mas tinha pulso", apontou. Várias pessoas que passavam pelo local pararam para ajudar.

Segundo Diogo, rapidamente, Valdeci fez massagem cardíaca no ciclista, que estava inconsciente. "Pareceu começar a respirar. 5 minutos depois o Samu chegou. Eles (socorristas) foram direto nele, mas logo vieram me atender. E quando estava na ambulância, o enfermeiro socorrista me disse que ja havia falecido", relatou.

RepórterMT

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José Eduardo morreu após bar o rosto no chão.

CARREIRA VENCEDORA

Apaixonado pelo ciclismo e profissionalizado há seis anos, o presidente da Federação Mato-grossense de Ciclismo, Emanoel Lima, contou ao RepórterMT que José Eduardo era o 14º do Ranking Nacional, além de já ter conquistado três provas, sendo o segundo colocado em duas etapas do Campeonato Brasileiro.

“Ele havia se profissionalizado há seis anos. E desde então, vinha competindo em várias provas organizadas pelo Confederação Nacional de Ciclismo. Como a temporada deste ano não foi muito boa, ele havia descansado o mês de novembro e vinha treinando em dezembro, em um ritmo forte para as provas de 2015”, explicou.

Quando foi atropelado, José Eduardo realizava um treino de 80 km de distância para uma prova na França, chamada Le’ Tape, que ocorrerá em julho deste ano. 

Segundo o presidente da Federação, o caso não foi um acidente e sim um crime. “Com certeza esse motorista que fugiu estava trafegando em alta velocidade ou bêbado. Porque o atropelamento ocorreu em um trecho duplicado da MT – 251, além do acostamento, onde os ciclistas estavam, ter um espaço significado”, falou.

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José Eduardo era o 14º do Ranking Nacional de Ciclismo.

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Manoel 05/01/2015

Eduardo Carvalho, como era conhecido nas competições, obteve 5 títulos do Ranking Mato-grossense, de 2010 a 2014. Foi campeão do Ranking Nacional de Ciclismo em 2011. Vice-campeão do Campeonato Brasileiro de Ciclismo Olímpico e Contra-relógio individual da temporada de 2013. O governo de Mato Grosso ficou devendo ao Eduardo três anos de Bolsa Atleta. Uma vergonha para um governo que saiu pela porta dos fundos. Lamentável!

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