JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O último participante do roubo seguido de morte do casal Claudemilson Ferreira, de 41 anos e Alessandra Sheffer, de 23 anos, o menor, W.A.S., de 17 anos, confessou ao delegado de Lucas do Rio Verde, Rafael Scatolon, que foi ele quem disparou contra a cabeça de Claudemilson. No depoimento ele reafirmou a versão dos demais participantes que o assassinato só ocorreu porque a vítima, mesmo com as mãos amarradas, reagiu tentando tomar a arma dele.
W.A.F., de 13 anos, pediu a arma para verificar se o empresário estava realmente morto. Neste momento ele teria descido da caminhonete e executado Alessandra, também com tiros na cabeça, mas tal ação ele teria decidido sozinho, para não deixar testemunhas
Já sobre a morte de Alessandra Sheffer, de 23 anos, o criminoso revelou que o grupo tinha decidido deixá-la viver, mas que quando a deixaram encapuzada e com as mãos amarradas, à margem da estrada e entrarem na caminhonete S-10 para fugir, o comparsa, W.A.F., de 13 anos, pediu a arma para verificar se o empresário estava realmente morto. Neste momento ele teria descido da caminhonete e executado Alessandra, também com tiros na cabeça, mas tal ação ele teria decidido sozinho, para não deixar testemunhas, sem o consentimento de W.A.S de 17 anos e de Aline Macedo, de 19 anos.
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Os crimes aconteceram no dia 14 de outubro, na cidade de Juara após o grupo decidir roubar a caminhonete da vítima para trocá-la por drogas ou dinheiro. A sugestão teria sido de Aline que trabalhava no lava jato do empresário e conhecendo a rotina das vítimas, 'arquitetou' o crime.
De acordo com o delegado, W.A.S. permanece na delegacia até a próxima quinta-feira (12). Se a Polícia Civil não encontrar vaga nos centros socioeducativos do Estado, a Justiça determina que ele seja solto de imediato, como prevê o Estatuto de Criança e do Adolescente (ECA).
Ao delegado, W.A.S. disse que ele e os dois comparsas invadiram a casa das vítimas e os renderam. O casal foi colocado na própria S-10 branca e acabou levado até uma região de mata, às margens de uma rodovia.
TERCEIRO PRESO
W.A.S. foi preso no último sábado (7), em Lucas do Rio Verde. Ele estava escondido em uma casa, que funcionava como boca e fumo (ponto de venda e uso de drogas). No entanto, acabou apreendido em uma rua, próxima do esconderijo. Segundo o delegado, o menor não estava armado e nem com drogas.
De acordo com o delegado, W.A.S. permanece na delegacia até a próxima quinta-feira (12). Se a Polícia Civil não encontrar vaga nos centros socioeducativos do Estado, a Justiça determina que ele seja solto de imediato, como prevê o Estatuto de Criança e do Adolescente (ECA). “Ele (menor) só pode ficar aqui na Delegacia no máximo cinco dias”, lembrou Scatolon. (LEIA MAIS AQUI).
O caso é semelhante o que aconteceu com o comparsa W.A.F., quando chegou a ser solto. No entanto, a Justiça voltou a decretar a apreensão dele, após o divulgar a soltura. Atualmente o menor está apreendido no Centro Socioeducativo de Cuiabá (Completo do Pomeri).
‘ARQUITETOU’ ROUBO
Já Aline, que confessou ter ‘arquitetado’ o roubo, está presa em um presídio feminino de Arenápolis. Presa no último dia 5 deste mês, ela contou que forneceu informações da rotina das vítimas. (LEIA MAIS AQUI).
Ainda no depoimento, Aline relatou que foi procurada pelos comparsas, que assim como ela, queriam executar um roubo para conseguir dinheiro, por isso, ela sugeriu que roubassem a S-10 (avaliada em R$ 90 mil).
Criminosa de alta periculosidade, Aline já chegou a ser apreendida quando tinha 17 anos. Na ocasião, ela tentou matar estrangulada a própria filha, um bebê de apenas 9 meses, na cidade de Tabaporã. Como era menor, ela foi liberada dias depois, mas perdeu a guarda do filha.
Então foragida, a assaltante chegou a postar no Facebook uma mensagem confessando a participação no crime e dizendo para a população nunca reagir, quando for vítima de um assalto. “Quando passa na televisão para vocês (vítimas) não reagirem a um assalto é para não reagir. Vocês não são super heróis", intimida.
FUGA FRUSTADA
No depoimento de Aline, ela conta que o menor que dirigia fugia em alta velocidade e perdeu o controle da direção, ao passar em um buraco na pista. Desgovernado, a S-10 saiu da pista e capotou.
Aline disse que a arma do crime se perdeu no capotamento. Mesmo feridos, o trio fugiu para Sinop, de carona. “A gente teve a estupidez de capotar a caminhonete”, disse a assaltante no Facebook.