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Cuiabá, 01 de Julho de 2025
01 de Julho de 2025

27 de Dezembro de 2019, 10h:50 - A | A

PODERES / DEMAGOGIA E FÉ

Votação de lei que cria feriado evangélico fica para 2020 após pressão de empresários e bate-boca com religiosos

A retirada da pauta foi feita pelo vereador Macrean Santos, que é autor do projeto. Houve bate-boca entre os religiosos empresários na galeria da Câmara

RAUL BRADOCK
RAFAEL MACHADO



O polêmico projeto do vereador Macrean Santos (PRTB), que visa criar o feriado municipal do Dia do Evangélico, em Cuiabá, foi retirado da pauta de votação, por ele mesmo, nesta sexta-feira (27), após muita pressão, protesto e bate-boca, na última sessão do ano de 2019, na Câmara Municipal de Cuiabá.

Na manhã desta sexta-feira, as galerias da Câmara foram tomadas por membros de igrejas evangélicas, que pressionavam pela aprovação e empresários, que protestavam contra a medida.

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Esse é o segundo adiamento do projeto, que passa a não ter previsão para ser votado. Agora, para ser votado, o projeto precisa ser reapresentado pelo vereador. A possível votação deve ficar para 2020.

Religiosos pressionam pela criação do feriado, alegando  que isso serviria para o reconhecimento do evangelho e potencializaria comemorações nas igrejas e grupos religiosos, que têm salvado vidas.

“Olhando de uma maneira geral, o rombo é imenso. Parar a indústria por conta de feriado é um prejuízo enorme", disse a presidente da AEDIC.

Já a classe empresarial é contrária, afirmando que o feriado só causaria prejuízos sem o funcionamento de indústrias e comércios.

Para Margareth Buzetti, presidente da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Cuiabá (AEDIC), o prejuízo é imenso.

Luciane Mildenberger

Empresários e religiosos foram acompanhar a votação.

“Olhando de uma maneira geral, o rombo é imenso. Parar a indústria por conta de feriado é um prejuízo enorme. Não somos contra feriado evangélico, mas acreditamos que todo feriado deveria ser comemorado em domingos. Tem indústria que trabalha 365 dias por ano e as máquinas não podem parar”, aponta Margareth.

Já Antônio Menegassi, presidente da Associação do Comercial e Empresarial de Cuiabá, argumenta que a lógica seria reduzir feriados. Ele também lamenta a retirada de pauta do projeto pela segunda vez.

“Temos certeza que o prejuízo seria imenso, já não bastasse tantos feriados. A lógica seria a redução dos feriados religiosos. Os empresários não concordam com a retirada de pauta, já é a segunda vez que a gente vem aqui. Essa questão poderia ser resolvida hoje e continuaremos vivendo com esse novo drama de saber se podemos ter ou não um novo feriado no ano que vem”, explicou.

Caso seja aprovado, em futura votação, o projeto cria o Dia do Evangélico, no dia 31 de agosto em Cuiabá. A expectativa é que, se ocorrer a aprovação, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) irá vetar a lei. 

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Benedito costa 27/12/2019

O cara teve a ideia mais esdruchula que pode acontecer. Na verdade onde tem voto é que eles atuam. Isso é só pra ganhar voto nada mais que isso. Aliás e só o que esses caras sabem fazer.

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1 comentários