DA REDAÇÃO
Os candidatos ao Governo do Estado se reuniram nesta segunda-feira (3) para debater suas propostas e trajetórias. O debate aconteceu no auditório da Todimo Home Center e foi transmitido ao vivo pela TV Cuiabá (canal 47.1).
Sem a participação do candidato Mauro Mendes (DEM), o segundo debate deste ano teve como protagonistas o governador Pedro Taques (PSDB) e o senador Wellington Fagundes (PR). Também participou o candidato Arthur Nogueira (Rede). Mendes tem vantagem de 10% sobre Taques na pesquisa Ibope divulgada no dia 24 de agosto e cumpre agenda no interior do Estado. Moisés Franz (Psol) também não compareceu ao confronto, mas o motivo da ausência não foi divulgado.
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Assim como o primeiro debate, realizado pela TV Vila Real no dia 30 de agosto, o confronto teve um clima ameno em boa parte do tempo, com alguns poucos ataques. Arthur Nogueira, por ser ainda desconhecido da maior parte do eleitorado e não ter ocupado cargos eletivos anteriormente, trabalhou como franco-atirador.
Questionado por jornalistas que participam do debate sobre o argumento de que a Operação Catarata tem caráter politico, como havia afirmado na tarde desta segunda-feira, o governador Pedro Taques voltou a declarar que entregou documentos ao Ministério Público Estadual (MPE) ao fim de cada edição da caravana e reafirmou que as investigações tratam-se de uma perseguição política.

Pedro Taques responde sobre Operação Catarata, que investiga irregularidades em contratos da Caravana da Transformação.
“Entregamos documentos com o que foi gasto e como foi gasto. A caravana é auditada pelo SUS [Sistema Único de Saúde] e tudo que fizemos foi dentro da legalidade. Agora, 30 dias antes das eleições ocorre uma operação como esta? Amanhã [terça-feira], os médicos vão analisar cada material que foi auditado”, respondeu o tucano.
“Estamos tranquilos e não acabarei com a Caravana da Transformação. Inclusive, o candidato Mauro Mendes já tentou barrar na Justiça os serviços para as pessoas que haviam feito os exames”, completou o governador.
Em resposta, o candidato Arthur Nogueira (Rede) disse ter acordado com vergonha ao saber de mais uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por suposto desvio de dinheiro público.
“O senhor como um ex-membro do Ministério Federal afirma para população que o MP está errado e agindo por questão eleitoral? Isso mostra que a mudança de lado faz a diferença. Em 2010, o senhor foi eleito com a questão da prisão do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, mas agora o Ministério Público está lhe perseguindo”, alfinetou o adversário.
Outro momento quente do confronto ocorrereu quando Wellington questionou Taques sobre os problemas relacionados aos atrasos de repasses para as Santas Casas do Estado.
“Rondonópolis tinha 31 UTI’S [Unidade de Terapia Intensiva] hoje tem 71. Aliás, 72% de todas as UTI’s do Estado de Mato Grosso foi a nossa administração quem instalou nos últimos três anos e meio de gestão. A crise das Santas Casas do Estado é a mesma de outras 246 Santas Casas fechadas no Brasil”, respondeu Taques.

Fagundes questiona Taques sobre atrasos de repasses na saúde e garante fazer gestão compartilhada com prefeitos, caso eleito.
Na réplica, Wellington disse que como governador será “parceiro dos municípios para descentralizar a saúde do Estado e, com isso, valorizar todas as regiões por meio dos hospitais regionais. Quero fazer a gestão da Saúde compartilhada com os servidores públicos”.
Taques reconheceu que Mato Grosso tem problema na área de saúde há muito tempo e alfinetou: “Inclusive, é o mesmo tempo em que o senhor senador Wellington está na política, há 26 anos como deputado federal e senador. As Santas Casas de Rondonópolis e Cuiabá tiveram aumentos de repasses. Construímos ainda o Cridac, o Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Correa que irá atender quatro mil pessoas por mês, além do novo Pronto Socorro de Cuiabá”, afirmou Taques.