APARECIDO CARMO
VANESSA MORENO
DO REPÓRTERMT
O funcionário da Bom Futuro acusado de integrar o esquema de fraude de R$ 15 milhões, Welliton Gomes Dantas, afirmou à Polícia Civil possuir mais de R$ 500 mil investidos em renda fixa. A suspeita é de que o dinheiro possa ter origem no esquema de falsificação e desvio envolvendo notas fiscais de transporte na empresa do agronegócio.
Durante o depoimento, Welliton declarou que os veículos que possui — um Hyundai Creta e um Volvo — não foram comprados com recursos do esquema, que ele chamou de “terceira renda”.
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Ele também afirmou que o apartamento em que mora e um outro, adquirido na planta, em um edifício que será construído em frente ao Parque das Águas, bem como dois terrenos comprados em um condomínio na saída para Chapada dos Guimarães não têm relação com o dinheiro desviado da empresa.
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Welliton foi preso em flagrante na quinta-feira (13), em Cuiabá, por participação nas fraudes. O cúmplice dele, Vinícius de Moraes Sousa, sócio da VS Transportes Bovinos, prestadora de serviço para a Bom Futuro, também foi preso.
O esquema funcionava, segundo Welliton, devido a “brechas” nos sistemas internos da empresa, que ele conhecia por trabalhar há mais de 13 anos no local.
Ele explicou à polícia que transportes realizados dentro de Mato Grosso não exigiam o CT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico) — documento fiscal que comprova o serviço e o valor cobrado.
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Mesmo assim, Vinícius emitia o CT-e, encaminhava ao sistema da Bom Futuro e Welliton aprovava o pagamento para a VS Transportes Bovinos. Depois, segundo a investigação, os dois dividiam os valores.
A própria empresa identificou as fraudes após uma auditoria interna que apontou o rombo milionário. Em nota, a Bom Futuro informou que segue colaborando com as autoridades competentes.















