FLÁVIA BORGES
DA REDAÇÃO
A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça determinou a soltura do ex-secretário de Administração do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Marcos José da Silva, preso desde 20 de junho, quando foi deflagrada a Operação Convescote, e é apontado como líder de uma organização criminosa que desviava recursos públicos por meio de contratos da Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faespe) e empresas fantasmas junto a órgãos públicos.
De abril de 2014 a março de 2017 a Faespe tinha contrato de assessoria jurídica junto ao TCE, no montante de R$ R$ 46,7 milhões, do qual o fiscal era o investigado Marcos José da Silva.
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De acordo com a assessoria de imprensa, atualmente ele ocupa o cargo de técnico executivo do TCE.
No pedido, o MP aponta que o servidor subtraia recursos para proveito próprio e alheio, valendo-se da facilidade que lhe proporcionava o cargo.
Jocilene Rodrigues de Assunção, proprietária da J. Rodrigues de Assunção EPP, que é mulher de Marcos José da Silva, também foi presa pelo Gaeco.
As investigações apontam que ela é membro do Conselho Administrativo da Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Servidores Públicos dos Poderes Executivo e Legislativo no Estado de Mato Grosso (Sicoob), cooperativa que foi foi utilizada para recebimento dos recursos públicos desviados por intermédio da Faespe.
Um Termo de Aditivo ao convênio 02/2015, firmado entre a Assembleia Legislativa à Faespe mostra que até 2017 o Poder Legislativo pagou à fundação R$ 50,2 milhões por serviços de “governança”. O total do contrato é de R$ 100 milhões de até 2019.