CAROL SANFORD
DA REDAÇÃO
O governador Pedro Taques (PSDB) disse ter ficado surpreso com o que chamou de “total omissão” do Ministério Público do Estado (MPE) em relação do desembargador do Tribunal de Justiça, Orlando Perri, a respeito da investigação das interceptações telefônicas clandestinas em Mato Grosso.
Taques apontou que Perri tem praticado “ilegalidade investigativa, trazendo para si casos que não são de sua competência” e que o MPE não tomou providências legais a esse respeito.
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“Quero registrar também minha surpresa com a total omissão do MPE em não tomar providências legais contra o que considero um juízo universal, vez que o desembargador do TJMT está praticando uma ilegalidade investigativa na condução das investigações, trazendo para si casos que não são de sua competência”, afirmou o governador, em depoimento ao procedimento que investigou suposta fraude do promotor Mauro Zaque, responsável pela denúncia dos “grampos”.
As críticas de Taques referem-se às prisões, determinadas por Perri, dos ex-secretários de Estado, Rogers Jarbas (Segurança Pública), Airton Siqueira (Justiça), Paulo Taques (Casa Civil) e Evandro Lesco (Casa Militar).
“Em razão desses fatos, os secretários da Casa Civil, da Justiça, da Comunicação e Segurança estão sendo investigados pelo mesmo desembargador, feitos em sua maioria, instaurados a partir de representações levadas a efeito pelo promotor de Justiça Mauro Zaque”.
Taques declarou que em seu entendimento, Perri não poderia atuar na investigação, que deveria ser levada ao âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Para ele, o MPE também está sendo omisso na investigação de juízes e promotores que autorizaram as escutas clandestinas.
“Não entendo também como não estão sendo tomadas providências em relação aos juízes que deferiram as medidas e em face dos promotores, enquanto os policiais militares estão respondendo a ações de improbidade e continuam presos”, declarou.
O procedimento contra Mauro Zaque foi arquivado pelo MPE, na sexta-feira (6). O órgão entendeu que a suposta fraude no protocolo não foi praticada pelo promotor, mas sim no âmbito do Executivo. Taques será investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) a respeito do caso.
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jose de faria lima 09/10/2017
Mas não foi ele mesmo quem pediu para ser investigado? Não estou entendendo o mimimi....
Mauro 09/10/2017
Taxi tá se borrando pq os presos estão prestes a admitir tudo e fazer delação...
2 comentários