RENAN MARCEL
DO REPÓRTER MT
O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Sérgio Ricardo, afirmou na manhã desta quinta-feira (25) que "não há salvação para a Saúde de Cuiabá". Segundo ele, as condições financeiras da Prefeitura não permitem que sejam feitas melhorias no atendimento e a tendência é de que, nos próximos meses, a situação só piore, sobretudo porque não há interesse do governo estadual em assumir novamente a gestão da Saúde, após quase um ano de intervenção.
"Não adianta tapar o sol com a peneira. A prefeitura não tem condições de tocar a saúde", declarou.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
"A atual gestão tem mais oito meses de atuação. Uma nova intervenção [possibilidade que foi sugerida pelo deputado Eduardo Botelho] não resolve nada, não é mais isso. Há necessidade de se cuidar e investir na Saúde. A prefeitura tem dívidas e tem que pagar, não se pode permitir nenhuma greve nos hospitais [ HMC ou São Benedito] e tem gente esperando cirurgias , internada há mais de 90 dias", enumerou o conselheiro durante assinatura de um protocolo inédito de intenções para intensificar as ações de combate aos incêndios florestais em Mato Grosso, ato realizado na Associação Mato-grossense dos Municípios.
"A prefeitura, definitivamente, não tem dinheiro! Não tem condições, não tem recursos. Não adianta, não vai acontecer milagres. Então nós vamos enfrentar daqui para frente situações mais críticas do que estamos enfrentando agora. Não adianta tapar o sol com a peneira. A Saúde vai ficar cada vez pior", anuncia Sérgio Ricardo.
Entre as opções estão a estadualização da Empresa Cuiabana de Saúde, que gere o hospital São Benedito e o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). "Se não receber ajuda, a saúde não vai melhorar, ela vai piorar".
Diante da situação, o TCE montou uma mesa técnica e sugeriu a estadualização do setor ao governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), ideia que já tem a concordância do prefeito Emanuel Pinheiro. Contudo, conforme Sérgio Ricardo, Mauro não demonstrou interesse em assumir novamente a gestão da Saúde.
"Pelo o que eu entendi, ele não demonstrou nenhum interesse em assumir ou estadualizar. Então, a saúde de Cuiabá está nas mãos de Deus".
