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Cuiabá, 11 de Outubro de 2024
11 de Outubro de 2024

09 de Setembro de 2024, 07h:00 - A | A

PODERES / "NA BASE DA CANETADA"

Prefeito detona nova demarcação de terra: “Mais de 50% da cidade se tornou parque ou reserva indígena”

A nova terra indígena mato-grossense é ocupada por 250 pessoas dos povos Apiaká e Munduruku, além de um grupo indígena isolado.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, assinou, nessa quinta-feira (05), a portaria de demarcação da Terra Indígena Apiaká do Pontal e Isolados, no município de Apiacás, em Mato Grosso. No mesmo ato público, foram demarcados os territórios Maró, Cobra Grande, ambos no estado do Pará.

Em seu pronunciamento, ele disse que não há nenhuma disputa jurídica sobre essas demarcações.

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“Temos a convicção de que ainda há muito a se avançar nas garantias dos povos indígenas, mas estamos dando três passos importantes na direção da proteção dessas comunidades tradicionais. É um ato definitivo. Não há mais nenhuma controvérsia jurídica sobre essa questão”, afirmou.

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A nova terra indígena mato-grossense é ocupada por 250 pessoas dos povos Apiaká e Munduruku, além de um grupo indígena isolado. O território tem 982.324 hectares e está situada no Parque Nacional do Juruena, unidade de conservação de proteção integral, e é considerada em regime de dupla proteção.

Em conversa com o RepórterMT, o prefeito de Apiacás, Júlio Cesar dos Santos (MBD), explicou que havia a esperança de que parte do parque fosse desmembrada e devolvida para o uso comum da cidade.

“Na verdade, tem muita gente que está dentro do parque com fé de que isso aí ia ser derrubado. Porque a gente foi incentivado a entrar aqui, o governo incentivava o pessoal a entrar e formar terras, teve gente que vendeu tudo o que tinha no Sul e no Sudeste e veio para cá. E agora nós perdemos essas áreas”, disse.

Júlio Cesar disse não ter sido informado da decisão, mas criticou a nova demarcação, que chamou de “canetada”, alegando que mais de 50% do território original da cidade se tornou parque ou reserva indígena.

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“Ainda mais um município como o nosso que já tem mais de 50% do território entre área indígena e parque, isso é um absurdo. Estamos pagando uma dívida que não é nossa”, afirmou.

Desde que tomou posso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já homologou 10 terras indígenas, entre elas a TI Cacique Fontoura, em Mato Grosso.

Há uma diferença entre a homologação e a demarcação: enquanto a demarcação delimita um território, a homologação é o último passo no processo de regularização de uma terra indígena e concede aos povos que habitam aquela área o usufruto pleno e exclusivo do território.

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Carlos Eduardo 11/09/2024

Quando os socialistas de iPhone toparem devolver as terras, inclusive urbanas, que ocupam dos habitantes tradicionais de São Paulo e do Rio de Janeiro, poderemos concluir que a lei é para todos. Antes disso, quem estimulou os habitantes do Centro Sul do Brasil a ovupar aquelas terras foi a União, a mesma que agora quer retirá-los de lá. Isso é nada civilizado, e essa insegurança jurídica é absurda.

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José 10/09/2024

Índio já foi. Modernizado não existe mais índios são todos vagabundos que não trabalham e vivem as custas de nós trabalhadores

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Jadson 10/09/2024

Demos muito poder para judiciário, precisamos urgente de reforma política e jurídica no Brasil! Um absurdo isso! Índios são nossos irmãos, tem que ser integrados na sociedade. São filhos de Deus!

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Elizete Morales 10/09/2024

Esse povo que veio do Sul e do Sudeste tomaram para si tudo que encontraram pela frente sem se importar com as consequências e sem respeitar os direitos de terceiros. Têm que devolver aquilo que nunca lhe pertenceu e ressarcir os prejuízos causados ao patrimônio alheio e sobretudo ao meio ambiente.

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Samuka 10/09/2024

Além de proteger os povos originários proteja a floresta e o meio ambiente. Parabéns presidente ????????????

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5 comentários