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Cuiabá, 19 de Julho de 2025
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27 de Abril de 2018, 11h:24 - A | A

PODERES / PAGOU R$ 8 MILHÕES

MP pede suspensão de contrato com orquestra de ex-secretário maestro

Dados do Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças do Estado (Fiplan) mostram que o então secretário realizou os dois repasses nos dias 6 e 13 de dezembro passado poucos dias antes de deixar o comando da pasta

DA REDAÇÃO



O Ministério Público Estadual (MPE) pediu a suspensão do contrato do Governo com a Orquestra do Estado de Mato Grosso. O nome, aliás, que remete a algo público, não tem nada de público. A orquestra é privada e o maestro Leandro Carvalho, ex-secretário de Cultura de MT, é um dos diretores.

A recomendação é do promotor Mauro Zaque.  O promotor diz entende que o contrato é suspeito pelo montante repassado à orquestra, R$ 8 milhões, "aumentaram consideravelmente e sem contrapartida". Que serviço a orquestra presta ao Estado?

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Enquanto secretário, Carvalho deixou a direção da orquestra, mas, segundo Mauro Zaque, foi uma ação de fachada, para permitir os repasses do Estado. 

“Notícias de supostas irregularidades mostram que provavelmente fora maquiada a mudança do presidente e diretor da Orquestra de Mato Grosso em razão da titularidade da ordenação de despesas coincidirem com o próprio beneficiário, no caso o ex-secretário de Cultura Leandro Faleiros Rodrigues Carvalho, que assumiu a pasta de 01 de janeiro de 2015 a 18 de janeiro de 2018”, destaca trecho da recomendação.

O denunciou o esquema antes de o secretário deixar a pasta. Dados do Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças do Estado (Fiplan) mostram que o então secretário realizou os dois repasses nos dias 6 e 13 de dezembro passado poucos dias antes de deixar o comando da pasta, que comandou até o dia 22 de dezembro. Se somados os meses de março, abril e agosto, o valor chega a R$ 1,9 milhão.
Como já mostrou o , em janeiro do ano passado, Leandro Carvalho desrespeitou um decreto de contenção de gastos do governador Pedro Taques (PSDB) e repassou R$ 412 mil à Orquestra de Mato Grosso.

À época, o governador comentou que os secretários de Estado só deveriam manter os pagamentos dos serviços considerados essenciais das áreas de Segurança Pública, Educação e Saúde.

Apenas sob a regência do ex-secretário Leandro Carvalho, nos últimos três anos, os valores repassados à empresa que administra a orquestra ultrapassaram o montante de R$ 6,7 milhões.

Ex-secretário regente

Antes de assumir o comando da pasta, Leandro Carvalho era um dos principais nomes da orquestra, que em sua página online o apresenta como “um dos mais proeminentes maestros brasileiros da nova geração”, além de apontar como um dos dez artistas de maior importância na última década na música.

Leandro também é citado como “um dos fundadores da Orquestra do Estado de Mato Grosso e seu atual diretor artístico e regente principal”. 

Ainda em janeiro de 2017, a assessoria da Secretaria de Cultura informou que apesar de aparecer na apresentação online como diretor artístico da Orquestra, o então secretário era apenas regente voluntário, conforme determina a lei e por isso, não havia vínculo. 

Atualmente, a empresa é comada por Paulo Silveira da Silva e Paulo Cesar Ruhling.

Outro lado

"Quanto à matéria veiculada no dia 09 de janeiro, é importante esclarecer que a Orquestra do Estado de Mato Grosso é administrada via gestão compartilhada com o Governo de Mato Grosso. O contrato foi renovado em setembro de 2014. No Fiplan, consta que a Secretaria de Estado de Cultura fez repasses de duas parcelas em dezembro, porém, o status do pagamento é “empenhado”. A despesa pública possui três fases: empenho, liquidação e pagamento e, somente após a última fase que o valor entra na conta do credor. Ou seja, o valor de R$ 660 mil foi empenhado, mas não foi pago. Esta e as demais despesas precisam ser empenhadas para que, em 2018, sejam registradas como “restos a pagar”, vindo a serem quitadas logo que houver repasse financeiro."

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Júlia 26/09/2019

Desculpa, mas quanto vocês acham que custa manter uma empresa/orquestra com 50 funcionários/músicos mais equipe de produção e direção artística? não conheço a historia mas um repasse de 400 mil paga 2 meses de salário pra essa galera toda e olhe lá. Vamos parar de achar que cultura é escape de dinheiro público e entender que cultura é geração de emprego? só uma mudança básica na perspectiva já mudaria muito o approach do tema pelo responsavel pela reportagem. ora façam-me o favor!

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Clarice 27/04/2018

Cade Pedro Taques?

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deovaldo 27/04/2018

Nesse Estado chamado Mato Grosso, parece que todos que entram no governo, só aceita se for para roubar,,,puta queo pariu,,,chega, cadeia é pouco para esse povo.....affff,,,até quandop meu

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Antunes Silva 27/04/2018

Exigimos ressarcimento ao erário. Música com notas revestidas com ouro? Pra quem escutar?

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4 comentários