RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, ofereceu denúncia contra os investigados na Operação Grãos de Ouro, entre eles, está casal de empresários cuiabanos Victor Augusto Saldanha Britche e Flávia de Martin Teles Birtche. Eles foram denunciados pelos crimes de integrar organização criminosa e falsificação de documentos públicos.
A advogado Valber Melo, que faz a defesa do casal disse que eles não foram citados acerca da denúncia, e só se manifestarão nos autos após a citação formal.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Os empresários são acusados de participarem de um esquema que teria desviado cerca de R$ 44 milhões dos cofres públicos de Mato Grosso do Sul por meio da sonegação fiscal envolvendo comercialização de grãos.
Victor e Flávia foram presos no dia 08 de agosto, no condomínio de luxo Alphaville, após a deflagração da operação. O escritório do casal Efraim Agronegócio, que fica no edifício comercial SB Tower, em Cuiabá, foi alvo de mandado de busca e apreensão.
Flávia conseguiu reverter sua prisão preventiva sob argumento de que tem três filhos menores que precisam de cuidados. Victor também conseguiu sair da prisão após a Justiça reverter a prisão preventiva em domiciliar e medidas cautelares.
O entrou em contato com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul para saber se a denúncia foi aceita, mas até o fechamento desta matéria não tivemos resposta.
Grãos de ouro
A Operação Grão de Ouro, deflagrada pelo Gaeco de MS prendeu 33 pessoas acusadas de participarem de um esquema de sonegação fiscal.
Ao todo, a ação cumpriu 33 mandados de prisão e 104 de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Paraná e Minas Gerais. Foram apreendidos R$ 500 mil em espécie, celulares e documentos.
Segundo o Gaeco de MS, as investigações começaram há dois anos após provocação da Secretaria de Fazenda do Mato Grosso do Sul que apontou a existência de um esquema de sonegação de tributos estaduais na comercialização de grãos produzidos em Mato Grosso do Sul.
Estima-se que o esquema tenha causado o prejuízo de R$ 44 milhões aos cofres públicos do MS através das fraudes mantidas por produtores rurais, funcionários da Secretaria de Fazenda, caminhoneiros, corretoras e 14 empresas, a princípio de fachada, que emitiram as notas frias.
Leia mais
Casal preso no Alphaville depõe no Gaeco e nega fraude de R$ 44 milhões
Casal preso no Alphaville presta depoimento sobre fraude de R$ 44 milhões
Justiça manda soltar empresária cuiabana para cuidar dos filhos
Operação apreendeu R$ 500 mil e prendeu 33 pessoas em sete estados
MARIA TAQUARA 02/10/2018
Impunidade criou país de 'ricos delinquentes', disse o Ministro Barroso do STF.
1 comentários