facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 18 de Maio de 2025
18 de Maio de 2025

12 de Abril de 2024, 18h:55 - A | A

PODERES / R$ 451 MIL DE INDENIZAÇÃO

Membros do Gabinete de Intervenção processam Emanuel por chamá-los de "nazistas cuiabanos"

Na ação judicial, exige-se o pagamento de uma indenização no valor de R$ 451 mil, além de uma retratação pública pela fala

CHRISTINNY DOS SANTOS
DO REPÓRTERMT



Oito integrantes da equipe do Gabinete Estadual de Intervenção que atuou na Saúde de Cuiabá ingressaram com uma ação o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), por declarações dadas em uma entrevista, em fevereiro deste ano, que teria equiparado a conduta dos ex-interventores às ações nazistas. Na ação judicial, exige-se o pagamento de uma indenização por danos morais no valor de R$ 451 mil, além de uma retratação pública pela fala.

À época dos fatos, Emanuel Pinheiro concedeu à imprensa uma entrevista onde analisou o Relatório Situacional da Secretaria Municipal de Saúde pós intervenção. Na ocisão, ele atribuiu aos interventores conduta típica do nazismo, citando várias vezes o Hospital São Benedito como uma "câmara de gás", "sala de espera da morte" e "depósito de gente para morrer".

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Analisando o aumento no número de mortes nesse hospital apontado pelo relatório, Emanuel declarou que o quadro era considerado dramático.

"Nazistas cuiabanos, esse pessoal, o Gabinete de intervenção do Estado e seus superiores mataram o dobro de pais de família, sabendo que eles [pacientes] não tinham condições de ser transferidos para o Hospital São Benedito. Segundo relatos de técnicos, que explanaram aqui, o São Benedito dobrou o número de óbitos, sem pandemia, sem alta complexidade, porque o Hospital deixou de fazer cirurgias de alto complexidade. Sem nenhum motivo que pudesse justificar dobrou o número de óbitos, ou seja, transforaram o Hospital em uma câmara de gás”, disse Pinheiro durante a entrevista.

O prefeito de Cuiabá chegou a dizer ainda que o hospital era utilizando pela equipe de intervenção como uma sala de espera da morte. "Porque o que tá se falando aqui, é uma das coisas mais graves que eu já ouvi na minha vida pública. Mandavam seres humanos no São Benedito para morrer no São Benedito. Com certeza para diminuir o custo da saúde, porque paciente mal, ele precisa de UTI, UTI é cara!", afirmou.

Diante da repercussão, oito dos ex-interventores entraram com uma ação de danos morais contra o prefeito da Capital. O pedido tramita no 2º Juizado Especial Cível de Cuiabá, que ainda não decidiu sobre o caso.

Se vencerem o processo, a quantia de R$ 451 mil será dividida entre os oito interventores, sendo que cada um deverá receber R$ 56 mil.

O Gabinete Estadual de Intervenção na saúde pública de Cuiabá atuou entre março e dezembro de 2023.

Outro lado

O RepórterMT solicitou posicionamento do prefeito por meio da equipe de comunicação da prefeitura e aguarda retorno.

Comente esta notícia