CAROL SANFORD
DA REDAÇÃO
O ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM), voltou a criticar o governador Pedro Taques (PSDB), nesta quinta-feira (26). Mauro afirmou que as dificuldades porque passa o Estado foram criadas pelo próprio Taques e que esse é um dos motivos para o rompimento da aliança.
Os dois foram aliados políticos desde as eleições de 2010, quando Taques se elegeu senador e Mauro disputou as eleições ao Governo e perdeu para Silval Barbosa. Em 2012, o empresário foi eleito prefeito da capital, com o apoio do tucano, que contou a aliança do ex-gestor e se elegeu governador, em 2014.
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“Não quero mal a ele [Taques], mas acredito que ele não tem mais condições de administrar o Estado. Ele mesmo que criou muitas das dificuldades que o Estado enfrenta hoje. A saúde está um caos, fornecedores e poderes estão sem receber, salários atrasados, obras paralisadas. O desempenho não está bom e não posso querer que este governador continue”, elencou Mauro Mendes.
O ex-chefe do Executivo municipal citou que Mato Grosso está quebrado, com R$ 3 bilhões de restos a pagar, o que seriam quatro vezes mais do que quando Taques assumiu o Governo.
“Não quero mal a ele [Taques], mas acredito que ele não tem mais condições de administrar o Estado. Ele mesmo que criou muitas das dificuldades que o Estado enfrenta hoje", disse Mendes.
“O sentimento é de decepção. Taques foi um bom senador, mas, infelizmente, no Governo foi ruim. A crise acabou em 2016 e Mato Grosso teve um dos piores desempenhos nos dois primeiros meses do ano. Quem foram os responsáveis? O que causou? Isso é o mais relevante, que deve ser analisado neste momento”, afirmou.
Mauro Mendes se mostrou insatisfeito com críticas feitas pelo governador, que argumentou que os ex-aliados, referindo-se principalmente aos ex-prefeitos de Cuiabá e de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT), tentaram forçar seus interesses, que não teriam sido atendidos.
“Algumas pessoas pensam que porque têm muito dinheiro, são milionárias, bilionárias, poderiam me mudar. Não mudei e não vou mudar. Não é o fato da pessoa ser milionária, de ter o sonho de ser governador, de estar muito tempo na fila e eu furei a fila, que vai querer mandar em mim”, disse Taques, na semana passada.
“O próprio governador começou a fazer insinuações de que lá na frente iria mostrar porque os ex-aliados não estavam mais apoiando ele. Passaram alguns dias e acho que ele pensou um pouco mais, ou alguém deu uma dica, e ele passou a dizer que era porque queriam colocar ‘cabresto’ ou porque eram milionários. Por isso, me senti confortável em assinar o documento, para que não restem dúvidas dos motivos que me levaram a me afastar e não apoiar a reeleição de Pedro Taques”, rebateu o ex-prefeito.
Mauro é cogitado para ser candidato ao Governo contra Taques nas próximas eleições, no grupo de ex-aliados, que agrega ainda o PSD, do ex-vice-governador Carlos Fávaro, o PP, do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, além do PDT, partido que elegeu Taques para o Executivo, e outras cinco siglas.
As lideranças assinaram na última terça-feira (24) uma carta apontando os motivos para o rompimento com Taques. Ao todo, 31 agentes políticos atestaram o manifesto e afirmaram não desejar apoiar a reeleição do governador.
“Os sentimentos de decepção e frustração, estão sendo compartilhados por milhares e milhares de mato-grossenses. Acreditamos que em 2014 Pedro Taques seria corajoso para tomar as medidas necessárias de transformação que a população tanto almejava, não fez. Com o passar do tempo e com profunda tristeza, constatamos que nada disso ou muito pouco aconteceu”, escreveram os líderes, na carta.
Ricardo Ramos 27/04/2018
Que moral tem este senhor Mauro para criticar o governo. Conviveu harmônica e fraternamente coma administração passada e agora fica lançando perfídias para angariar votos para elegê-lo governador. Para os roubos e os desvios do dinheiro público ele não enxergou nada, mas agora vê até grampos. Com certeza ele imagina que a experiência adquirida pela Bimetal estar em recuperação judicial vai ajudá-lo a fazer uma boa administração no Estado. Mas nós pobres mortais não devemos esquecer de um detalhe importante para o compromisso do nosso voto, o de que este candidato gosta de desistir no meio do caminho.
Fpestragado 26/04/2018
Realmente um governo fechar o hospital regional de Sinop não merece voto de ninguém. E quando questionado ele fala alguma frase de efeito ou cita a bíblia. Um governo não deve apenas ser honesto, mas também capaz.
2 comentários