MIKHAIL FAVALESSA
DA REDAÇÃO
O governador eleito Mauro Mendes (DEM) pregou diálogo entre o Executivo e demais poderes do Estado para a redução dos duodécimos em Mato Grosso. A fala foi feita depois de uma reunião com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), em que os dois discutiram o cenário econômico do Estado.
Mauro e Botelho se reuniram na terça-feira (16). Conforme apurou o , o governador eleito fará reuniões com todos os representantes dos poderes e também visitará todas as secretarias de Estado antes de anunciar um provável plano de cortes de gastos públicos para Mato Grosso.
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"Vou pedir, vou solicitar, não vou brigar com ninguém, pois fui eleito também para pacificar essas brigas, mas eu vou pedir que todos os poderes colaborem para nos ajudar a equilibrar as contas e fazer as mudanças que Mato Grosso precisa", disse Mauro em comunicado enviado pela assessoria de imprensa.
"Tem que parar de gastar tudo aquilo que não seja estritamente necessário", disse Mauro.
O democrata voltou a pedir equilíbrio nas contas baseado na Lei de Diretrizes Orçamentárias que está em discussão na Assembleia. O projeto enviado pelo governador Pedro Taques (PSDB) deve sofrer alterações. No Legislativo ainda se discute se o projeto será devolvido a Taques – e alterado pelo próprio Executivo com propostas de Mauro – ou se as alterações podem ser feitas pelos próprios deputados, o que é menos provável.
"As alternativas estão sendo estudadas e giram em torno da economicidade, de redução de despesas, para equilibrar as contas do Estado. Quando temos dificuldade, não adianta, temos que economizar. Tem que parar de gastar tudo aquilo que não seja estritamente necessário", afirmou mauro.

Representantes dos poderes como o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Rui Ramos Ribeiro, e o próprio presidente da Assembleia, deputado Eduardo Botelho, vêm defendendo que uma redução nos recursos repassados a partir e 2019 poderiam implicar em dificuldades na prestação de serviços à população.
O governador eleito lembrou a situação de dificuldade financeira enfrentada pelo Governo em diversos setores desde 2016. "Nós temos hoje uma dura realidade no Estado. Está faltando dinheiro para comprar remédio, para pagar as UTIs, faltando dinheiro para mandar aos 141 municípios fazer Saúde, os salários dos servidores sendo pagos apenas no dia 10, os fornecedores também estão recebendo com atraso de meses", elencou o democrata.
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