Mauro critica pedido da PGR contra Bolsonaro: "Não vi golpe, não vi tanque na rua e nem tiro"

RepórterMT

Mauro afirmou que as penas pedidas pela PGR são desproporcionais em relação a outros tipos de crime.

APARECIDO CARMO
KARINE ARRUDA
DO REPÓRTERMT

O governador Mauro Mendes (União) criticou, nessa terça-feira (15), a condução do Supremo Tribunal Federal (STF), no processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores. Ao comentar o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), feito nessa segunda-feira (14), o chefe do Executivo destacou que não enxerga uma tentativa de golpe de Estado. 

No documento, a PGR  aponta crimes como organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

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“Eu não vi golpe. Eu não vi tanque na rua, eu não vi um tiro sendo dado. Não vi nada disso acontecendo. Eu via velhinhos, crianças chorando na porta de quartel, com a bandeira brasileira e cantando o hino nacional. Isso não é golpe, isso é manifestação”, afirmou Mendes.

O governador ressaltou mais uma vez que é contra os atos de 8 de janeiro ou qualquer tipo de invasão, mas destacou que invadir o Congresso não deveria ser mais grave do que invadir uma propriedade privada.

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“Invadiram, erraram, depredaram, tem que ser responsabilizados, tem que ser criminalizado. Agora, não para 15 anos de prisão. Tem gente que mata um cidadão e pega seis anos, oito anos de cadeia. O cara vai lá, pinta uma estátua, invade e vai pegar 15 anos?”, questionou.

Mauro comparou a situação com as invasões cometidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e questionou porque os líderes desse movimento não recebem penas tão altas quanto as que estão sendo aplicadas para os presos do 8 de Janeiro.

“Existem dois pesos e duas medidas e isso tem que ser dito. Eu respeito as autoridades, mas nesse momento vejo uma confusão, pelo menos à luz do que eu conheço, acontecendo nesse país e isso não é bom para o curto, médio e longo prazo da nação brasileira”, concluiu Mauro.