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Cuiabá, 16 de Julho de 2025
16 de Julho de 2025

16 de Julho de 2025, 15h:27 - A | A

POLÍCIA / TRIÂNGULO FATAL

Mãe de empresário assassinado a facadas: “A médica que me abraçava no hospital foi a pivô da sua morte”

A declaração foi feita horas após a polícia deflagrar a operação Inimigo Íntimo, que prendeu dois pelo assassinato.

THIAGO NOVAES
DO REPÓRTER MT



Vera Regina Sartor, mãe de Ivan Michael Bonotto, 35 anos, que foi assassinado em março deste ano em uma distribuidora de bebidas em Sorriso (397 km de Cuiabá), usou as redes sociais para desabafar e acusar a médica ginecologista Sabrina Iara de Mello de ser a pivô da morte do filho.

Segundo as investigações, o crime foi cometido a mando do dono do estabelecimento, Gabriel Tacca, com participação da mulher dele, Sabrina. Ivan era amigo de Gabriel e amante de Sabrina.

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Na publicação, a mãe de Ivan lembrou que Sabrina chegou a abraçá-la no hospital, logo após o filho ser esfaqueado.

“Ah, meu filho, que dia triste hoje com as notícias do dia do seu falecimento nas redes sociais, jornais, que os culpados foram presos. A cidade de Sorriso está chocada. Sabe, meu filho, a médica que me abraçava no hospital, a tal de Dra Sabrina Mello foi a pivô da sua morte. Reviver tudo de novo não está sendo fácil pra mim, sua mãe, e seu irmão. Mas crendo em Deus que Ele faz o melhor por cada de nós. Eu, sua mãe, prometi a mim mesma que a justiça seria feita. Te amarei eternamente meu filho Ivan”, escreveu em uma publicação no Instagram horas depois de a Polícia Civil deflagrar operação Inimigo Íntimo, que resultou na prisão de Gabriel e Sabrina, nessa terça-feira (15). O autor das facadas, Danilo Guimarães, também foi alvo da operação.

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Já nos stories, ela fez outra publicação: “Meu filho, a justiça está sendo feita. Hoje os culpados foram presos. Obrigada, Deus", disse.

De acordo com a Polícia Civil, Ivan era morador de Tapurah (113 km de Sorriso), e quando ia para Sorriso, se hospedava na casa de Gabriel e Sabrina. Gabriel teria descoberto que estava sendo traído pela esposa e pelo amigo e contratou Danilo Guimarães para matar Ivan. A ordem era para que o crime fosse cometido em meio a uma briga de bar simulada.

Entenda o caso

O crime ocorreu no dia 22 de março deste ano. Ivan foi esfaqueado em uma distribuidora que pertence a Gabriel Tacca, localizada no bairro Village, em Sorriso. Após ser esfaqueado, Ivan foi socorrido e levado ao Hospital 13 de Maio.

Depois de alguns dias em tratamento, a vítima apresentou uma melhora, mas no dia 13 de abril sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu.

Logo após a morte de Ivan, durante as investigações do caso, Gabriel foi ouvido e disse à polícia que, no dia em que o amigo foi esfaqueado, Ivan estava bêbado e se envolveu em uma briga de bar com Danilo.

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O marido traído disse ainda à polícia que não conhecia nenhum dos envolvidos na confusão, nem mesmo Ivan.

Na mesma época, Danilo se apresentou na delegacia e contou a mesma versão, de que o fato se tratava apenas de uma briga de bar e que teria agido em legítima defesa.

No decorrer das investigações, a polícia identificou que as informações apresentadas pelos dois eram falsas e que, na verdade, Gabriel era amigo de Ivan.

Foi então que a polícia chegou até a informação de que a vítima estava tendo um caso com Sabrina.

De acordo com as investigações, Gabriel teria descoberto que estava sendo traído pela esposa e pelo amigo e contratou Danilo para matar Ivan. A ordem era para que o crime fosse cometido em meio a uma briga de bar simulada.

Imagens das câmeras de segurança do estabelecimento foram checadas e mostraram que Gabriel atraiu Ivan até à distribuidora, local onde a vítima foi esfaqueada pelas costas.

Fraude processual

Apenas quatro minutos após a vítima dar entrada no hospital, Sabrina chegou à unidade de saúde se apresentando como “amiga” do paciente, mas com a intenção de utilizar a sua posição de médica para subtrair o seu celular e apagar evidências da ligação do casal com a vítima.

No período em que esteve com o celular da vítima, Sabrina apagou mensagens, fotos e até mesmo um vídeo que Ivan tinha feito do seu executor. Somente após três dias com o aparelho, a médica entregou o celular à família da vítima e disse que havia apagado alguns arquivos com o fim de proteger Ivan.

Diante dos fatos, o delegado responsável pelas investigações, Bruno França, representou pelos mandados de prisão e busca e apreensão contra o casal, que foram deferidos pela Justiça e cumpridos nesta terça-feira.

As investigações seguem em andamento para total esclarecimento dos fatos e da participação dos envolvidos.

Mandados

Ao todo, cinco ordens judiciais são cumpridas nesta terça, sendo dois de prisão temporária, além de três de busca e apreensão e outras medidas cautelares.

As ordens foram decretadas pela 1ª Vara Criminal de Sorriso, pelos crimes de homicídio qualificado e fraude processual.

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