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Cuiabá, 12 de Fevereiro de 2025
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13 de Junho de 2018, 15h:12 - A | A

PODERES / GRAMPOLÂNDIA

Justiça nega suspeição de coronéis e retoma ação penal

Terceira Câmara Criminal decidiu, por unanimidade, que juízes militares não se excederam contra o cabo da Polícia Militar Gerson Correa.

MIKHAIL FAVALESSA
DA REDAÇÃO



A Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça negou, por unanimidade, um pedido de suspeição contra dois juízes militares que julgam o caso dos grampos telefônicos operados por policiais militares. A defesa do cabo da Polícia Militar Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior havia entrado com o pedido contra os coronéis Luiz Claudio Monteiro da Silva e Valdemir Benedito Barbosa.

Com a decisão colegiada, o julgamento deverá ser retomado pelo juiz Murilo Moura Mesquita, da 11ª Vara Criminal. Os desembargadores Sebastião Barbosa Farias e Gilberto Giraldelli seguiram o voto do desembargador Luiz Ferreira da Silva, relator do pedido.

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A defesa do cabo afirmava que os coronéis utilizaram “linguagem excessiva” para julgar Gerson. Os magistrados entenderam que, “por serem leigos, não se pode lhes exigir a técnica de expressão oral de magistrados togados”. Além dos dois, o Conselho Especial formado para o caso conta com mais dois juízes militares, os coronéis Elierson Metello de Siqueira e Renato Antunes da Silveira Junior.

“Não se precisa muito esforço intelectual para concluir que eles não estão julgando antecipadamente e nem atuando com corporativismo em relação aos colegas coronéis julgados”, disse Luiz Ferreira da Silva.

A defesa do cabo alegava que os coronéis haviam antecipado o julgamento de Gerson ao afirmar durante uma audiência na 11ª Vara Criminal que o cabo havia atuado de maneira “superior” ao coronel Zaqueu Barbosa, também acusado de participação nos grampos.

Os desembargadores entenderam que a fala dos juízes indica apenas que o cabo “atuou de maneira mais direta”, operacionalizando o esquema, como consta na denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual (MPE).

Além de Gerson, os coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco, Airton Siqueira e Ronelson Barros, o tenente-coronel Januário Edwiges Batista e o cabo Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior são acusados de interceptar ilegalmente pessoas como a deputada estadual Janaína Riva (MDB), os advogados eleitorais José do Patrocínio e José Antônio Rosa, o desembargador aposentado José Ferreira Leite, o jornalista José Marcondes Muvuca, entre outros.

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